O governador Wilson Lima apresentou, nesta terça-feira (30/09), o balanço parcial do programa Opera+ Amazonas, que já realizou 230,4 mil cirurgias eletivas em 2025, e anunciou o mutirão de cirurgias de catarata, que será realizado entre outubro e dezembro, com meta de 12 mil procedimentos. A ação tem contribuído para diminuir o tempo de espera e desafogar unidades da rede estadual, beneficiando milhares de pacientes da capital e do interior.
A iniciativa consolida o Opera+ como a maior política de enfrentamento às filas de cirurgias da história do estado, e deve fazer com que 2025 se encerre com quase 50 mil procedimentos a mais do que o registrado em 2024, quando foram feitas 281,7 mil operações. O programa tem mudado a rotina das unidades, ampliando horários e reorganizando fluxos para atender mais pacientes.
O governador explicou que a reorganização da rede tem garantido avanços importantes, como a atuação do Complexo Hospitalar Sul, que ajudou a desafogar a demanda da Fundação Hospital Adriano Jorge.


“Os resultados mais significativos são a redução da fila, principalmente de ortopedia, clínica geral e de procedimentos simples em que o paciente estava há um ano, dois anos à espera. Vamos priorizando o que é mais importante, dando preferência para aqueles pacientes com a situação mais agravada”, afirmou Wilson Lima.
Na ocasião, participaram do evento o deputado estadual Dr. Gomes, a secretária de Saúde Nayara Maksoud, além de representantes da Fundação Hospital Adriano Jorge, Hospital Delphina Aziz, Hospital Geral Dr. Geraldo da Rocha e Maternidade Chapot Prevost, unidades que vêm executando o programa.

De junho a setembro, foram realizadas 26,2 mil cirurgias adicionais além da rotina, em hospitais da capital e do interior. Hoje, as unidades conseguem realizar procedimentos até de madrugada e já não precisam transferir pacientes para outros hospitais, como ocorria no passado.
As filas em especialidades como ortopedia, cirurgia geral, ginecologia, dermatologia, proctologia, oftalmologia e urologia estão sendo gradualmente reduzidas. No Hospital Adriano Jorge, por exemplo, foi retomada a realização de cirurgias ortopédicas complexas, como de ombro, quadril e joelho, enquanto o Complexo Hospitalar Sul tem dado suporte para desafogar atendimentos de média complexidade.
Uma das beneficiadas pelo programa, a dona de casa Darcilene dos Santos, de 47 anos, elogiou a agilidade no atendimento. Segundo ela, a ação representa um ganho importante para quem aguardava há anos por um procedimento.


“Quando eu soube do mutirão, entrei em contato para saber como que eu tinha que fazer, vir aqui, fazer os exames. Foi tudo rápido, tanto com o cirurgião que me atendeu no início, como agora. Eu acredito que tem que continuar, porque tem muitas pessoas ainda que estão com esses problemas e isso ajuda muitas pessoas”, afirmou Darcilene.
Mutirão de catarata
Como reforço ao programa, o governador anunciou o mutirão oftalmológico, que terá início em outubro e seguirá até dezembro, com a meta de realizar 12 mil cirurgias de catarata. A previsão é de 180 procedimentos por dia, sendo 6 mil no Hospital Delphina Aziz e outros 6 mil em clínicas privadas credenciadas.
Com investimento de R$ 186,6 milhões – R$ 155,5 milhões de recursos estaduais e R$ 31 milhões federais – o mutirão vai ampliar a capacidade de atendimento e beneficiar milhares de pacientes, fortalecendo ainda mais a rede estadual de saúde.