O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta quarta-feira (8), que vai permanecer no cargo, mesmo com a determinação do seu partido, o União Brasil, para que deixe o governo federal.
“Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todos país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30 eu vou permanecer no governo”, disse em conversa com jornalistas.
No mês passado, o União deu um prazo de 24 horas para que seus filiados nomeados para cargos federais deixassem os postos “sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”.
A Executiva Nacional da sigla se reunirá, ainda nesta manhã, para decidir pela permanência ou expulsão de Sabino do partido.
“Tenho a confiança do presidente Lula e pretendo continuar desenvolvendo os trabalhos que venho fazendo no Ministério do Turismo, tenho o apoio de boa parte da bancada, a gente tem trabalhado com diálogo, buscando junto a administração do partido esse entendimento, acho que é possível ainda o diálogo, nós vamos esgotar até o último minuto”, completou o ministro.
O processo interno do partido contra ele foi iniciado na última sexta-feira (3).
Hoje, o deputado federal Fabio Schiochet (União-SC), relator do caso, disse à imprensa que não irá pedir a expulsão sumária de Sabino, garantindo com que ele fique no partido até a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas).
No último dia 26, o chefe do Turismo afirmou em coletiva de imprensa que tinha entregado uma carta de demissão ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com ele, no entanto, o chefe do Executivo pediu para que ficasse por mais tempo e o acompanhasse em uma agenda no Pará na semana seguinte.
Apesar de ter cedido à pressão do União, Sabino afirmou, na ocasião, que sua vontade era “clara”: continuar o trabalho que vinha fazendo na pasta.