Em discurso no Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que se reuniu em Roma nesta segunda-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo para que os governos incluam os pobres no orçamento.
É hora de colocar os pobres no orçamento. A inclusão social não pode ser apenas uma promessa — ela precisa estar refletida na arquitetura fiscal, nos investimentos públicos e nos planos de transformação produtivaPresidente Lula (PT) em discurso em Roma, na Itália
De acordo com o chefe do Palácio do Planalto, a saída do Brasil do Mapa da Fome da FAO (Organização das Nações para a Alimentação e Agricultura), só foi possível devido a “políticas integradas de transferência de renda, fortalecimento da agricultura familiar, merenda escolar, geração de emprego e aumento do salário-mínimo”.
Em sua fala, o mandatário destacou também o Plano Nacional de Cuidados, cujo decreto de regulamentação foi assinado em julho e que tem como objetivo transformar a percepção e a organização do cuidado na sociedade, visando fazer com que as responsabilidades sejam distribuídas de forma mais equitativa entre homens e mulheres.
“Neste mês, a Câmara dos Deputados aprovou a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até aproximadamente mil dólares mensais, e o aumento de 10% para quem ganha mais de 100 mil dólares por ano”, disse Lula em referência ao projeto que está em análise do Senado.
Ainda segundo o petista, “essa progressividade tributária vai ampliar os recursos para o financiamento de políticas públicas essenciais“.
Lula chegou à Itália na manhã de domingo (12). Mais cedo, ele se reuniu com o papa Leão XIV no Vaticano. Nas redes sociais, o líder brasileiro afirmou que a conversa com o pontífice passou por temas como “religião, fé, o Brasil e os imensos desafios que temos que enfrentar no mundo”.
O presidente ainda deve cumprir uma série de agendas nesta segunda-feira antes de embarcar de volta ao Brasil no início da tarde.