As Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram um ataque contra um barco que supostamente estaria transportando drogas na noite de terça-feira (21), nas águas do Oceano Pacífico, próximo à América do Sul, informou o secretário de Defesa Pete Hegseth nesta quarta-feira (22).
Ao menos duas pessoas morreram, ainda segundo Hegseth. O ataque é a primeira operação militar americana conhecida no Pacífico desde o início de uma nova ofensiva contra o tráfico de drogas.
Já houve sete ataques contra embarcações no Caribe, o que aumentou drasticamente as tensões dos EUA com a Venezuela e a Colômbia.
Ao menos 34 pessoas no total foram mortas nos oito ataques, disseram autoridades.
“Narcoterroristas que pretendem trazer veneno para nossas costas não encontrarão porto seguro em nenhum lugar do nosso hemisfério”, pontuou Hegseth.
O secretário alegou que a embarcação estava “sendo operada por uma Organização Terrorista Designada e conduzindo narcotráfico no Pacífico Oriental” e “era sabido por nossa inteligência por estar envolvida em contrabando ilícito de narcóticos, transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e transportando narcóticos”.
Ele acrescentou que nenhuma força americana ficou ferida no ataque e comparou os traficantes à Al-Qaeda.
“Assim como a Al-Qaeda travou guerra contra nossa pátria, esses cartéis estão travando guerra contra nossa fronteira e nosso povo. Não haverá refúgio ou perdão — apenas justiça”, escreveu ele.
O ataque mais recente ocorre em meio a um aumento de efetivo militar americano no Caribe, que inclui envio de destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados.
Especialistas jurídicos questionaram por que os militares dos Estados Unidos estão realizando os ataques, em vez da Guarda Costeira, que é a principal agência de aplicação da lei marítima dos EUA, e por que outros esforços para interromper os embarques não são feitos antes de recorrer a ataques mortais.