O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a falar diretamente sobre a crescente pressão militar dos Estados Unidos em seu programa de TV na segunda-feira (17), falando em inglês.
“Diálogo, sim. Paz, sim. Guerra, não. Nunca, nunca guerra”, declarou Maduro na segunda-feira, enquanto encarava a câmera, reafirmando o compromisso da Venezuela com a diplomacia e o direito internacional, ao mesmo tempo em que condenava o uso da força ou ameaças militares.
O ditador afirmou que a Venezuela se engajaria com qualquer nação disposta a conversar, mas alertou contra a agressão estrangeira, citando uma carta recente de um pastor evangélico que denunciava o bombardeio de comunidades cristãs.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira que não descarta o envio de tropas americanas para a Venezuela, ao mesmo tempo em que expressou disposição para ouvir diretamente de Nicolás Maduro as propostas para evitar uma escalada militar ainda maior por parte dos EUA.
O Pentágono anunciou no domingo (16), antes das últimas declarações de Trump, que o maior porta-aviões da Marinha americana, o Gerald R. Ford, com cinco mil militares e dezenas de aviões de guerra a bordo, e seu grupo de ataque se deslocaram para o Caribe.
Isso se soma aos oito navios de guerra, um submarino nuclear e os caças F-35 já posicionados na região.
Até o momento, o governo Trump concentrou seus esforços em bombardear barcos supostamente carregados de drogas que partiram da costa da Venezuela e de outros países da América Latina.
Grupos de direitos humanos condenaram esses ataques como execuções extrajudiciais de civis. A Casa Branca afirma que os Estados Unidos estão em guerra contra os cartéis de drogas e que tribunais não são necessários em conflitos armados.

