Isack Hadjar substituirá Yuki Tsunoda como companheiro de equipe de Max Verstappen na Red Bull na próxima temporada, com Arvid Lindblad se juntando a Liam Lawson na Racing Bulls, anunciaram as equipes de Fórmula 1 nesta terça-feira (2).
O francês Hadjar, de 21 anos, causou grande impacto em sua temporada de estreia com a equipe irmã Racing Bulls, incluindo a conquista de seu primeiro pódio com um terceiro lugar no Grande Prêmio da Holanda no fim de agosto.
Lindblad, nascido na Grã-Bretanha, que também possui nacionalidade sueca e ascendência indiana por parte de mãe, sobe da Fórmula 2 para ser companheiro do neozelandês Lawson e será o único estreante no grid de 2026.
A saída de Tsunoda deixa a Fórmula 1 sem um piloto japonês no grid de largada. A Red Bull informou que ele permanecerá na equipe como piloto reserva.
Quem é Isack Hadjar?
O francês começou a correr de kart aos 11 anos. Aos 15, estreou na Fórmula 4 francesa, na qual permaneceu por duas temporadas – foi terceiro colocado em 2020. Novato do ano e quinto colocado na Fórmula Regional Europeia em 2021, correu também na Fórmula Regional Asiática e na Fórmula 3 em 2022, sendo terceiro e quarto colocado nas séries respectivamente.
O jovem manteve a parceria da F3 com a equipe Hitech ao estrear na Fórmula 2 em 2023, vencendo na corrida sprint da Holanda. Em 14º no fim, migrou para a Campos em 2024, ano que fechou com quatro triunfos e o vice-campeonato.
Na F1 em 2025, sua estreia foi um desastre: ele bateu ainda na volta de reconhecimento do GP da Austrália, antes mesmo da largada. Chorando, foi consolado por Anthony Hamilton, pai do heptacampeão Lewis Hamilton.
Hadjar deu a volta por cima e, na rodada seguinte, ficou em 11º Seus primeiros pontos da carreira vieram na terceira rodada do ano, o GP do Japão: um oitavo lugar valendo quatro pontos, sendo esta a primeira de outras aparições ainda esporádicas no top 10.
O sexto lugar no GP de Mônaco fez o calouro ir de 16º a décimo colocado no Mundial de pilotos. Seis rodadas depois, conquistou seu o primeiro pódio da carreira, no GP da Holanda; chegou na terceira colocação segurando George Russell e Charles Leclerc depois de largar em quarto lugar, ao lado de Max Verstappen. Com isso, Isack tornou-se o francês mais jovem no pódio da F1.
O primeiro pódio da RB desde o terceiro lugar de Pierre Gasly na antiga AlphTauri, no GP do Azerbaijão de 2021, rendeu até uma mensagem de parabéns do tetracampeão mundial Alain Prost, que já havia rasgado elogios ao novato em outra ocasião:
– A percepção que eu tinha dele, acompanhando-o à distância, através de suas entrevistas, suas reações ao volante e suas corridas, me deixava perplexo. Seu início de temporada tirou todas as dúvidas. Isack me impressionou. Ele mostrou imediatamente algo muito interessante e único, que combina extrema concentração, enorme autoconfiança e uma rara capacidade de não cometer erros. Se você me falar de Melbourne (sua saída da pista durante a formação do grid), eu diria que isso pode acontecer com qualquer um. A maneira como ele reagiu a esse golpe duro do esporte foi impressionante. Ele soube se recuperar para se tornar o piloto que todo o paddock agora saúda. É claro que teremos que esperar o final da temporada para fazer um balanço completo, mas pelo que ele já mostrou, está claro que ele é feito de um material incomum – avaliou Prost, em junho deste ano.

