A resistência ao lançamento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à sucessão presidencial deve rachar o bloco de partidos de centro.
O único partido que tende hoje a fechar um apoio ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é o Republicanos, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Os demais estão inclinados a apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou a lançar candidaturas próprias.
O PDT, apesar de postura de independência ao governo petista, hoje está inclinado a apoiar a reeleição do presidente, assim como o MDB. O partido de Michel Temer era entusiasta de uma candidatura presidencial do governador de São Paulo. Sem Tarcísio, porém, o grupo alinhado a Lula se torna majoritário.
Já o PSD e o União Brasil anunciaram publicamente que, com Flávio candidato da oposição, preferem lançar candidaturas próprias. No caso, dos governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e de Goiás, Ronaldo Caiado, respectivamente.
O Novo também cogita o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
O PP ainda é uma dúvida. Apesar do acordo de federação com o União Brasil, dirigentes da legenda defendem uma separação. Caso ela se efetive, o grupo favorável a Flávio é majoritário no partido.
O senador disse que só não será candidato se Jair Bolsonaro for anistiado e se tornar elegível para 2026. A hipótese, porém, é avaliada como improvável, para não se dizer impossível, até mesmo por caciques da direita.
Ainda assim, há uma expectativa de partidos de centro que, até abril, Bolsonaro possa mudar de posição sobre a candidatura do filho mais velho.

