A equipe médica informou que a cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro foi concluída com sucesso nesta quinta-feira (25), no hospital DF Star, em Brasília. O procedimento terminou às 12h55, após cerca de três horas de duração, e transcorreu sem intercorrências.
Bolsonaro foi submetido a uma herniorrafia inguinal bilateral, indicada para correção de hérnias nos dois lados da região da virilha. A operação começou por volta das 9h, sob anestesia geral.
Segundo o hospital, exames pré-operatórios, incluindo avaliação cardiológica e análise de risco cirúrgico, apontaram que o paciente estava apto para a intervenção.
Segundo os médicos, a hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino ou tecido abdominal protrui por um ponto de fraqueza da musculatura, formando uma abertura próxima à virilha. No procedimento realizado, esse defeito é corrigido com o reposicionamento do tecido e o reforço da parede abdominal.
A equipe optou pela técnica convencional, considerada mais adequada ao quadro clínico do ex-presidente. Diferentemente da laparoscopia, que utiliza pequenos cortes e câmera, o método aberto envolve uma incisão direta na região afetada.
Segundo o cirurgião geral Claudio Birolini, Bolsonaro não vai precisar ficar em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) uma vez que ele “está bem assistido” no leito do hospital.
A previsão médica é de que o ex-presidente deve se recuperar do procedimento entre cinco e sete dias.
“Ele precisa estar bom o suficiente para fazer o que a gente chama de autocuidado: tomar banho, se vestir, se movimentar, comer. A gente entende que nesse momento precisa de ajuda, então ele não pode ficar em um lugar onde fica desassistido. Quando julgar que tem condições de sair do hospital, vamos ver qual o melhor caminho para ele”, pontuou Birolini.
O cirurgião afirmou que a operação ocorreu como esperado, sem nenhuma intercorrência.
Questionados se após o período de recuperação Bolsonaro poderia voltar à cela na superintendência da Polícia Federal, os médicos disseram que ainda é “muito precoce dar uma opinião”.
“Como a cirurgia foi feita agora, […] depende da evolução. Ele tem 70 anos, precisa de um cuidado maior que o normal necessário. Em uma semana é difícil, o que a gente pode é falar como foi a cirurgia hoje e a evolução ao longo dos próximos dias, mais do que isso seria imprudente da nossa parte”, indicou o cardiologista Brasil Caiado.

