O sinal positivo prevaleceu na bolsa paulista nesta terça-feira (30), no último pregão de 2025, com o Ibovespa operando na casa dos 161 mil pontos e fechou com o melhor desempenho anual desde 2016.
O Ibovespa subiu 0,40%, aos 161.125,37 pontos, acumulando valorização de 34% em 2025. É o maior avanço anual da Bolsa brasileira desde 2016, quando o índice subiu 38,9%. No mês de dezembro, o Ibovespa teve alta de 1,3%.
Já o dólar fechou em queda na última sessão do ano, com o real liderando os ganhos entre seus pares, à medida que os agentes realizam ajustes técnicos enquanto avaliam dados do mercado de trabalho e a publicação da ata do Fed.
A última sessão antes do feriado de Ano Novo é marcada pela baixa liquidez, típica dessa época, assim como pela maior volatilidade, por conta da formação da Ptax — referência para a liquidação de contratos futuros.
O dólar à vista caiu 1,58%, cotado a R$ 5,4890 na venda. A divisa americana desvalorizou 11,2% em relação ao real no ano de 2025, apesar do avanço de 2,9% no mês de dezembro, que conteve as perdas.
Investidores repercutiram uma série de dados macroeconômicos no Brasil, incluindo uma nova mínima histórica da taxa de desemprego calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 5,2% nos três meses até novembro, e o pior novembro da série histórica para geração de emprego divulgado pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com 85,9 mil novas vagas formais de trabalho no mês.
Além do aumento da dívida pública bruta do país como proporção do PIB para 79% em novembro.
O mercado também repercutiu a publicação da ata da última reunião de política monetária de dezembro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que citou profundas divergências entre os integrantes do Fomc na decisão de continuar a sequência de corte de juros.
Taxa de desemprego
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro de 2025, menor taxa de desocupação desde 2012, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (30).
No trimestre encerrado em novembro, a população desocupada no país ficou em 5,644 milhões, o menor contingente da série histórica.
A menor taxa de desocupação foi acompanhada por um novo recorde no número de pessoas empregadas no país: 103,2 milhões. O nível de ocupação ficou em 59,0%.
Geração de emprego
O Brasil abriu 85,9 mil vagas formais de trabalho em novembro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta terça-feira (30) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O número é fruto de 1,98 milhões de contratações e 1,89 milhões de demissões.
Os dados representam uma queda de 19% em relação a novembro do ano passado, quando foram criados cerca de 106,1 mil empregos com carteira assinada. Esse é o pior resultado para um mês de novembro registrado desde o início do novo Caged, em 2020, quando novas formas de coleta e integração de dados foram incorporadas.
Nos últimos meses, o mercado de trabalho vem dando sinais claros de desaquecimento. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os resultados sucessivos refletem o impacto da taxa básica de juros elevada, atualmente em 15% ao ano.
No acumulado do ano foram criados 1,9 milhão de empregos.

