Com o objetivo de ajudar famílias carentes a terem esperança e qualidade de vida, o projeto voluntário e sem fins lucrativos batizado de “Aconchego”, que existe há 15 anos em Manaus, atende mulheres grávidas, idosos, crianças e adolescentes por meio de doações, arrecadando alimentos (cestas básicas), brinquedos, fraldas, roupas e calçados (de uso adulto e infantil), e também material escolar.
A equipe do Vanguarda do Norte esteve na sede onde funciona o projeto, que fica localizada no edifício Dr. Jorge Aucar, situado na rua Ferreira Pena (próximo à Praça da Saudade), Centro de Manaus. Na ocasião, a idealizadora do projeto, Elke Santana, comenta quando e como iniciou o Aconchego.
“O projeto [Aconchego] existe desde 2008. Iniciamos a ação voluntária atendendo apenas gestantes, recebendo as grávidas mais carentes, que não tinham realmente nada para seus bebês. Com o passar do tempo, começamos a atender os filhos dessas mulheres. Tem mães até com 14 filhos”, conta. “A partir daí, começamos a abraçar essas famílias, ajudando com as doações que recebemos, de roupinhas, sapatos e até material escolar. Depois, passamos a acolher também os idosos e adolescentes dessas famílias. Logo, fomos abraçando a família inteira”, ressalta.
Assistencialismo
No decorrer da entrevista, Elke também explica como funciona o trabalho voluntário, que é composto por uma equipe de dez pessoas no total. “Somos uma equipe de dez [pessoas], onde cada um faz a sua parte, seja correndo atrás de doações ou realizando o cadastro dessas famílias. Em dia de ação, todo mundo se junta para fazer a distribuição do que foi arrecadado. Estamos sempre tentando fazer a diferença na vida dessas pessoas” destaca Santana.
Na ação social, segundo ela, além da entrega de doações, também são disponibilizados diversos tipos de serviços, desde o atendimento médico — clínico geral, pediatra, ginecologista, psicólogo e nutricionista — até serviços de assistência social e jurídica.
Uma das integrantes da equipe, Kellem Santana, também falou sobre a importância de estar envolvida no projeto.
“É gratificante. É bom saber que faço parte de um projeto que ajuda essas pessoas que precisam. Há mães que vêm aqui buscar a nossa ajuda porque suas famílias não têm, sequer, o que comer. Às vezes, nós achamos que temos pouco, mas o pouco para quem não tem nada, acaba sendo muito. Por isso, precisamos que outras pessoas se envolvam também, e doem para essas famílias”, frisa Kellem.
A dona de casa Beatriz Silva classificou o aconchego como um “projeto de Deus”. “[Aconchego] tem grande importância na minha vida. Quando conheci o projeto, estava grávida de seis meses da minha filha. Não tinha absolutamente nada, foi quando eu conheci o projeto pelo Facebook. A dona Elke me ajudou com roupinhas, fraldas e cestas básicas”, declara.
A também dona de casa Adriane Souza enalteceu a ação solidária. “É um projeto importante, pois ajuda diversas mães solteiras desempregadas, aquelas que não têm como conseguir um enxoval. Também é muito bom poder contar com a doação de alimentos e brinquedos, além de auxílio médico, psicológico e jurídico”, afirma a mulher.
Parceria com a Sejusc
Em agosto, o Projeto Aconchego realizará uma ação social em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) para a emissão de documentos. Em breve, também serão disponibilizados, por meio desta parceria, cursos profissionalizantes de cabeleireiro, manicure e designer de balões.
Como doar e participar do projeto
Elke explica, ainda, como proceder para participar do projeto, seja doando ou recebendo as doações. “É necessário fazer um cadastro. Geralmente, essas mulheres encontram o projeto por meio das redes sociais ou de entrevistas que concedemos aos portais de notícias, programas de rádio e televisão. Também é possível nos encontrar por meio do número que divulgamos para realizar o cadastro”, fomenta a idealizadora.
“A partir disso, nós cadastramos as mães [dessas famílias]. Elas vêm à sede do Aconchego, fazem o cadastro e, por fim, são adicionadas no grupo de WhatsApp para que possamos mantê-las informadas sobre as ações do projeto”, informa Elke.
Quem quiser doar e se informar sobre a realização das entregas, pode entrar em contato por meio do número (92) 99236-0881, ou por meio das redes sociais do projeto: Instagram @projetoaconchego2008 (Instagram); @projetoaconchegocorrentedesolidariedade (Facebook).
*Edição: Narel Desiree