Pela primeira vez servido na merenda escolar, o pirarucu seco passa a integrar o cardápio dos alunos da rede estadual de ensino em 2025. A Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), por meio do Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), entregou, de abril a maio deste ano, 20 toneladas da proteína. Ao todo, 233 escolas estaduais foram contempladas com o produto.
Desenvolvido pela ADS, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, o Preme fornece também outras proteínas para as escolas estaduais, como: ovos, carne bovina em cubos e filé de pirarucu fresco, além de vegetais, legumes, frutas e farináceos, todos adquiridos diretamente de produtores da agricultura familiar, associações e agroindústrias credenciados no edital do programa.
A diretora-presidente da ADS, Michelle Bessa, explica que para este ano estão no cardápio escolar cerca de 31 unidades de gêneros alimentícios. Michelle Bessa ressalta que há uma força-tarefa dedicada a garantir a segurança alimentar dos estudantes, desde o credenciamento dos fornecedores até a entrega nas escolas.
“O Preme é um programa importante do Governo do Amazonas. Ele não apenas fortalece a agricultura familiar e estimula a produção rural, como também assegura o oferecimento de alimentos com qualidade certificada. Estamos elevando o padrão dos produtos regionais, incentivando nossos produtores a fornecerem alimentos com selo de qualidade, atendendo os critérios da Secretaria de Educação”, afirmou diretora-presidente da ADS.
Novidade no cardápio


Entre as escolas que receberam o pirarucu seco está o Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire. A unidade, localizada no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, tem cerca de 863 estudantes matriculados.
Para a nutricionista da Secretaria de Educação, Iana Barreira, a inclusão do pirarucu seco na lista de proteínas da merenda escolar é importante não apenas pelo valor nutricional, mas também pela relevância cultural.
“O pirarucu seco já é conhecido por muitos, mas na rede estadual de ensino estamos apresentando essa proteína, preparada de diversas maneiras, para garantir aceitação entre os alunos. Trata-se de uma proteína de qualidade, com alto valor nutricional. Estamos incentivando o consumo e valorizando os produtos da nossa região”, esclareceu.

A aluna do Ceti Elisa Bessa Freire, Iana Gabriele, experimentou a proteína pela primeira vez e aprovou a novidade no cardápio escolar. “Eu nunca tinha comido pirarucu antes e gostei muito. Acho importante termos esse tipo de alimento na merenda, porque muitas pessoas não conhecem nossa cultura. Os produtos regionais mostram isso, a cultura da gente”, comentou.