O embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Richard Predergast, discutiu cooperações socioambientais e o intercâmbio científico com o Amazonas junto ao vice-governador, Tadeu de Souza. O encontro foi realizado nesta quinta-feira (3) na sede do Governo do Estado, no bairro Compensa, zona oeste de Manaus.
A reunião marcou o fim da programação de três dias do embaixador, que veio conhecer a realidade socioeconômica do estado. Ao diplomata neozelandês, Tadeu de Souza apresentou as políticas voltadas ao meio ambiente e aos povos originários em desenvolvimento no Amazonas e sugeriu novos acordos bilaterais nesses segmentos, incluindo o agora denominado Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).
“A Nova Zelândia é conhecida mundialmente por suas políticas ambientais, sendo precursora na participação dos povos originários na política nacional. Eles são um exemplo. O contato com eles traz renovação para o Amazonas e o embaixador está muito interessado nos recursos que temos nos ativos ambientais e de que forma poderia haver o compartilhamento de informações”, destaca.
Para o vice-governador, a articulação de novas cooperações e investimentos junto a representantes internacionais é fundamental não somente para o estreitamento de relações com o Amazonas, mas para que o mundo adquira um novo olhar sobre os povos amazônidas que ajudam a manter a floresta em pé.
“A visão de quem está enraizado na floresta, quem vive abaixo das copas. Porque, como diz o governador Wilson Lima, não há sustentabilidade, meio ambiente e preservação se tudo isso conviver com a pobreza. Acima de tudo, está em jogo a vida, a qualidade de vida, o desenvolvimento humano de quem mora na floresta”, ressalta Tadeu de Souza.
CBA e a pesquisa
Durante o encontro, o vice-governador apontou que o CBA, em fase de reestruturação, está pronto para firmar parcerias com o governo e as instituições de educação e pesquisa científica da Nova Zelândia. Conforme o novo contrato de gestão, assinado no dia 25 de julho, a instituição terá de captar R$ 120 milhões em investimentos da iniciativa privada até 2027.
O embaixador se comprometeu em apresentar a proposta às entidades neozelandesas. “Ele se demonstrou muito afeito a fazer uma cooperação técnica para a pesquisa, fazer intercâmbio na área educacional. Isso é importante para o Amazonas fazer essa transformação e levar a nossa visão amazônica para as pessoas que têm esse conhecimento transnacional e networking com outros ambientes”, disse Tadeu de Souza.
Agora com personalidade jurídica própria, o CBA está apto a receber recursos públicos e privados para pesquisas. A instituição passou a ser gerida por um consórcio formado entre Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP).
*Com informações da assessoria