As 1.656 unidades históricas, dez praças e 11 armazéns de porto, originalmente listados no Decreto Municipal 7.176/2004, que estabelece o setor especial das unidades de interesse de preservação no centro histórico, estão passando por inventário realizado pela equipe da Gerência de Patrimônio Histórico (GPH) do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).
Os trabalhos objetivam a atualização de todos os bens imóveis considerados de interesse cultural, já protegidos ou não, em articulação com órgãos e entidades federais e estaduais do patrimônio histórico-cultural. Além disso, visam fazer a identificação, catalogação e proteção dos bens de valor significativo.
Dentro deste trabalho, uma nova ficha de cadastro dos imóveis foi elaborada, com esquema de classificação das construções, graus de descaracterização, mapa com as zonas de preservação, critérios de classificação, nível de intervenção, implantação, fachada e leitura da paisagem.
“Há uma necessidade ampliada de conhecer e reconhecer os bens culturais e os inventários tomam a proporção necessária para a salvaguarda do patrimônio. Ou seja, à medida em que se amplia a percepção sobre o patrimônio, se amplia também a importância do inventário”, explica Melissa Toledo, erente do GPH, arquiteta e urbanista.
Técnicos do Implurb estão em campo fazendo a revisão e atualização das fichas técnicas das edificações de interesse histórico. É na vistoria que se realiza o registro fotográfico do local e seu entorno imediato, o qual passa a integrar o histórico do estoque de bens protegidos.
“Essa ferramenta para a preservação se torna mais elaborada, técnica e necessária, indo além da leitura arquitetônica do bem cultural, levando em consideração outras disciplinas, como o urbanismo e a arqueologia”, completa Toledo.
Nas vistorias, os dados e imagens das unidades de interesse de preservação servem para abastecer o banco de dados no Implurb, no sistema ArcGis. Com a ação em campo, é possível incluir ou até mesmo excluir unidades, de acordo com as respectivas informações coletadas de preservação até descaracterização completa.
As informações são inseridos na plataforma de dados, gerando as fichas de inventário. Elas ainda têm dados das fachadas, cobertura e indicam se a edificação/lote está em abandono.Desde 2004, a listagem das edificações de interesse de preservação não passava por uma revisão minuciosa. A atualização com georreferenciamento e mapas geográficos modernos vai permitir uma melhor leitura e compreensão do Centro Antigo edificado.
*Com informações da assessoria