A maioria das pessoas tem como melhor amigo algum bichinho de estimação, seja cão ou gato. Esses animais representam alegria e se transformam em companheiros do dia-a-dia. São laços de amizade e amor que unem o dono e seu animal. No caso dos animais de rua, por exemplo, muitos recebem um lar por meio de organizações não governamentais (ONGs) que tratam, cuidam e entregam esses bichos a novos lares, dando a eles a oportunidade de receberem amor e carinho, além de qualidade de vida.
Jaqueline Lira, idealizadora da Organização Bicho Amado, que tem escritório localizado no bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul da capital, conta que resgata e cuida de cães e gatos abandonados e os prepara para adoção há, praticamente, dez anos.
À equipe de reportagem do Vanguarda do Norte, ela explica como funciona o processo de adoção desses animais e afirma que não é necessário que o interessado vá até a sede da organização. “Nós procuramos o perfil de bichinho que a pessoa gosta. Enviamos as fotos do animal via WhatsApp ao interessado, de acordo com o perfil que a pessoa escolheu. Em seguida, levamos até a casa dessa pessoa e concretizamos a doação”, esclarece Lira.
Processo de adoção
Na ocasião, Jaqueline ressalta como funciona o processo de adoção desses animais. “Seguimos um protocolo e estabelecemos critérios para o adodante. Primeiramente, a pessoa será submetida a uma entrevista via WhatsApp. Após a entrevista, é necessário apresentar documentos como RG, CPF e comprovante de residência. Também é preciso que o interessado seja maior de idade, caso não seja, precisa estar acompanho de um responsável para assinar um termo de adoção, onde consta todas as obrigações com o animal. No termo, também constam cláusulas que visam o direito [nosso] de fazer visitas, além de solicitar imagens e resgatar o animal, caso ele não esteja sendo bem cuidado”, pontua a idealizadora do projeto.
“Todos os animais [cachorros e gatos] que chegam aqui, são submetidos a uma avaliação médica veterinária para avaliarmos o quadro geral de saúde deles. Se for detectado algum problema de saúde, nós tratamos. Após isso, esses animais são preparados para adoção. Os cães e gatos adultos são vacinados, castrados, vermifugados e, assim disponibilizados, para adoção. Os animais dóceis, geralmente. Já aqueles que não são muitos sociavéis, não liberamos e trabalhamos a convivência deles até que haja uma melhora para, também, serem disponibilizados”, informa.
Voluntariado
A Bicho Amado recebe doações de artigos para pets (como toalhas, lençóis e edredons usados), além de sachês para cães e gatos e materiais de limpeza.
Atualmente, a Bicho Amado conta com dez pessoas fixas que fazem parte da diretoria. A organização também possui um quadro de voluntários não-fixos. “Por estarmos com uma equipe reduzida no momento, estamos solicitando a ajuda de voluntários por meio das redes sociais”, ressalta Jaqueline.
Satisfação
O diretor-presidente da Organização Bicho Amado, Larte Costa, frisa a importância de estar a frente de um projeto com essa magnitude. “A satisfação de ser presidente de uma ong que retira os animais das ruas é indescritível, além de poder fazer o bem para os bichinhos e também contribuir para a saúde pública. É uma missão árdua mas, ao mesmo tempo, satisfatória. E, apesar de não recebermos nenhum incentivo público, a nossa alegria se resume em vê-los bem, recuperados”, enfatiza.
Aos interessados em adotar um cachorro e/ou gato ou doar para a organização, basta entrar em contato por meio do telefone (92) 98241-3082, ou pelas redes sociais @bichoamado (Instagram) e Organização Bicho Amado (Facebook).