O Amazonas apresentou uma redução de 29% no desmatamento, de acordo com números oficiais do governo federal divulgados nesta quarta-feira (06/11) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os números são do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais.
Os dados correspondem ao período entre agosto de 2023 e julho de 2024, levando em consideração a análise de 268 cenas prioritárias. Neste recorte, o estado registrou 1.143 km² de área desmatada, contra 1.610 km² na comparação com a temporada anterior (agosto de 2022 a julho de 2023).
Com a queda, esta é a segunda temporada seguida em que o Amazonas registra baixa no desmatamento. Na anterior, o Prodes apontou que o estado havia conseguido reduzir em 40% a área desmatada, na comparação com agosto de 2021 a julho de 2022.
“São números muito satisfatórios, pois indicam que nossos esforços estão sendo efetivos no combate ao desmatamento, ano após ano. Temos, agora, grandes desafios no combate às queimadas ilegais. O Estado está focado neste trabalho e, temos certeza que o cenário de focos de calor seria bem pior se não tivéssemos alcançado essa redução na área desmatada”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
Amazônia Legal
A Amazônia Legal registrou 6.288 km² de taxa de desmatamento, resultando em uma queda de 30,6% do total da área desmatada entre as duas temporadas.
Na lista dos estados que compõem o bioma, o Pará lidera as contribuições de desmatamento, com 2.362 km² (37,56% do total), seguido pelo Mato Grosso, com 1.264 km² (20,10%) e, em terceiro lugar, o Amazonas, com 1.143 km² (18,17%).
Sistemas do Inpe
O Inpe possui dois principais sistemas de monitoramento do desmatamento. Além do sistema Prodes, há o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Enquanto o Prodes consolida as taxas anuais de desmatamento, o Deter mostra os alertas mensais.