Educação e conhecimento são a base para a construção de um futuro melhor, isto é um fato. No decorrer do tempo, passamos por várias etapas marcantes, e uma delas é a alfabetização. É justamente nesse período que aprendemos a habilidade de ler e escrever — classificados como dois fatores básicos para o desenvolvimento e a garantia de um futuro próspero, repleto de oportunidades.
Nesta sexta-feira, 8 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. Em alusão a essa data, o Vanguarda do Norte conversou com profissionais que atuam na área da educação. Durante a entrevista, os educadores compartilharam suas opiniões em torno da importância da alfabetização, um dos processos mais significativos na trajetória de formação da sociedade como um todo.
Dário Augusto de Lima, de 51 anos, trabalha como professor há 18 anos. Ele classifica a alfabetização com um ‘marco’ na vida das pessoas.
“A alfabetização é um marco para qualquer pessoa em uma sociedade, abrindo oportunidades para se viver de forma mais digna e justa. [A alfabetização] é o processo de aprendizagem onde se desenvolvem as habilidades de ler e escrever. Com isso, podemos assegurar o futuro de uma criança, pois um país alfabetizado é um país que caminha com grande potência em seu desenvolvimento em todos os aspectos”, destaca.
Blanche Miranda Maracaípe, 39, atua como professora há 16 anos. Segundo ela, o desenvolvimento de uma criança só acontece por meio da educação.
“O primeiro passo que uma criança tem no desenvolvimento pleno e saudável só acontece através da educação. É muito prazeroso e essencial ver as crianças desenvolvendo hábitos de leitura e de escrever, de gostar de ter esse contato cultural com o mundo das letras. Portanto, comemorar essa data é algo muito siguificativo para nós, educadores”, frisa Blanche.
A professora universitária Dayse Bezerra, 39, atua na área há quatro anos. Para ela, a alfabetização é extremamente necessária para a formação de bons cidadãos. “Tive a grata oportunidade de ter minha mãe como alfabetizadora em sala de aula e também na vida como educadora”, conta Dayse.
Taxa de analfabetismo no Brasil
A taxa de analfabetismo caiu no Brasil. Em 2019, ela apresentava percentual de 6,1%, e, em 2022, recuou para 5,6%.
Apesar da queda, o Brasil ainda tem quase 10 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever. Mais da metade desses analfabetos vivem no Nordeste e são idosos.
Os dados são da PNAD Contínua, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e foram divulgados na quarta-feira (7) pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os estados com as maiores taxas de analfabetismo são o Piauí, Alagoas e a Paraíba. Já as menores ocorrem no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
O analfabetismo é maior entre as pessoas pretas ou pardas: a média nacional é de 7,4%, mais que o dobro da taxa encontrada entre as pessoas brancas, de 3,4%. No grupo etário de idosos pretos ou pardos ela chegava a mais de 23% das pessoas
A pesquisa também traz outros dados sobre educação. Pela primeira vez, 53% da população de 25 anos ou mais havia concluído, pelo menos, o ensino médio.
A diferença racial também se mostra na população de 18 a 24 anos, os jovens. Quase 71% dos pretos e pardos nessa idade não estudavam nem tinham concluído o nível superior. Entre os brancos, este percentual foi de 57%.
A necessidade de trabalhar foi a principal justificativa dos jovens com 14 a 29 anos de idade para abandonarem a escola.
Entre as pessoas de 15 a 29 anos de idade do país, 20% não estavam ocupadas nem estudando em 2022.
*Com informações da Agência Brasil