Professores se reuniram no Clube Municipal de Manaus, localizado na avenida Torquato Tapajós, zona Centro-Sul, na manhã desta sexta-feira (2), onde decidiram em Assembleia Geral que irão permanecer em greve. Os manifestantes reivindicam reajuste salarial de 15,19%, valor que já havia sido acertado juntamente com o governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), porém, o acordo foi desfeito pelo chefe do Executivo estadual na tarde de quinta-feira (1°).
Ao modificar sua proposta, Wilson afirma que o reajuste a ser feito é de 8%, do qual será pago até o fim de junho e retroativo a março, mês da data-base da categoria.
“Saímos na quarta-feira (31) com a contra-proposta do governo de 15,19%, e as outras pautas que ele [Wilson Lima] iria atender. Hoje vamos cumprir o nosso rito para dizer para o governador que foi ele quem “quebrou a mesa”, não nós. Portanto, o governador, em plena mesa de negociação, dá um duro golpe nos trabalhadores, mas os trabalhadores mantêm a sua palavra”, afirmou um dos manifestantes.
Em entrevista coletiva, o governador disse que a greve dos professores é um movimento político-partidário, já que líderes do movimento devem sair como candidatos ao legislativo em 2024.
O governador também falou, em conjunto a Secretaria de Educação, sobre abrir um processo seletivo emergencial para substituir os trabalhadores que estão em greve.
E que nem 60% dos professores aderiu ao movimento, no entanto, os grevistas não são apenas profissionais da educação.
Na manifestação, não somente os professores, mas diversos profissionais da rede estadual de ensino, reivindicam reajuste salarial de 25% e solicitam um aumento nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade, revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, bem como a manutenção do plano de saúde e sua extensão para os aposentados.