Manaus (AM) – Moradores da comunidade Coliseu I, na rua Galileu Galiley, bairro Jorge Teixeira, temem que um barranco possa desmoronar sobre diversas residências devido ao período chuvoso que ocorre na capital amazonense.
Com medo, os populares chamaram a reportagem do Vanguarda do Norte para pedir ajuda do poder público, como tentativa de resolver a situação no local.
Entre as residências, uma casa que servia como igreja evangélica, é uma das mais ameaçadas pelo desmoronamento.
A proprietária Keila Barros, precisou deixar a casa com medo de que uma tragédia envolvendo a família pudesse acontecer. Ela contou que orgãos competentes como a Defesa Civil municipal chegaram a ir na localidade no período eleitoral, porém, nada foi resolvido até hoje.
“A gente morava aqui antes, mas precisamos ir embora com medo da casa cair e levar a gente para o meio do barro. A Defesa Civil veio aqui e vai fazer dois anos isso, mas só olharam e nunca nos deram um posicionamento certo, sobre o que será da gente”,
relata.
Outra moradora das próximidades, Silvana, diz que não teve escolha em construir sua casa em uma área de risco, pois, sua situação financeira é parecida como a de muitas pessoas na comunidade: vivem em vulnerabilidade social.
“Nós pedimos atenção ao poder público, porque simplesmente não escolhemos construir casas na beira de barranco. Se eu tivesse dinheiro, já tinha saído daqui e não estaria colocando a minha vida e da minha família em risco”,
disse ela.
Outros problemas
A dona de casa ainda cita as limitações das pessoas que também estão em áreas de risco, na encosta ameaçada pelas chuvas.
“Aqui tem três mulheres com bebês recém-nascidos e uma idosa que precisa fazer hemodiálise pelo menos três vezes na semana e todos essas pessoas precisam de um descanso […] mas a realidade é que a gente nem mesmo consegue dormir a noite com medo desse desabamento”,
finalizou.
O lugar onde passava uma rua estava visivelmente cedendo e os moradores relatam que já procuram a Defesa Civil, mas tinham como resposta de que não havia notificação de risco para a comunidade Coliseu I.
A confeiteira Silma da Costa, conta que por diversas vezes, entrou em contatocom o órgão mas não teve retorno.
” Eu já liguei por várias vezes e pedi visita da Defesa Civil aqui de Manaus, porém, eles diziam apenas que não tinha alguma notificação sobre a área do Coliseu ser de risco”,
disse.
Unidos, os moradores buscam um direcionamento do poder público sobre o que deve ser feito por eles e quais recursos eles irão usar para sair da área afetada antes que uma tragédia possa acontecer.