Promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) e as Mulheres Biomas do Brasil, a III Marcha das Mulheres Indígenas acontece de 11 a 13 de setembro, em Brasília (DF), com a presença de lideranças e integrantes de comunidades da Amazônia.
De acordo com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a programação da delegação da União das Mulheres Indígenas da Amazônia (Umia) inicia no domingo (10), com a abertura oficial da III Marcha das Mulheres Indígenas, às 19h.
A ação inclui também debates, lançamento de livros, grupos de trabalho, apresentações culturais, entre outros. Nesta edição, o evento celebra o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade através das raízes ancestrais” e, segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o objetivo é “onectar e reconectar a potencialidade das vozes das ancestralidades que são as sementes da terra, que compõem a rede ANMIGA, fortalecer a atuação das mulheres indígenas, debater os desafios e propor novos diálogos de incidência na política indígena do Brasil”, afirma.
Coordenadora geral da Umia, Telma Taurepang destaca que a luta inclui pautas como o feminicídio e a violação dos povos indígenas e ressalta o apoio do Amazon Conservation Team (ACT) na mobilização presencial em Brasília. “Estamos aqui ecoando as nossas vozes e hoje, agradecendo ao ACT Brasil, que tem contribuído e somado com as nossas vidas, com esse apoio para que as mulheres saiam de dentro dos seus territórios para vir até este espaço ecoar nossas vozes”, afirma.
Ainda em janeiro, aconteceu a Pré-Marcha das Mulheres Indígenas, sob o tema “Vozes da ancestralidade dos 6 biomas do Brasil”, com a participação de mais de 200 mulheres de acordo com a Funai, “estimulando debates coletivos na perspectiva da política indígena na construção e manutenção de direitos a nível nacional”, afirma.
Para contribuir com a luta das mulheres indígenas que acampam na capital federal, a Coiab promove uma campanha de arrecadação coletiva para “arcar com custos de translado, alimentação e estrutura”, informa. “As mulheres irão acampar em Brasília durante este evento. Por isso, precisamos da sua doação. […] O encontro propõe a fazer desse momento a grande retomada da força ancestral, com a valorização das mães, anciãs, cacicas e lideranças que lutam todos os dias pelo movimento indígena”, completa.