Os Centros de Convivência da Família e do Idoso, do Governo do Amazonas, são espaços de acolhimento e fortalecimento de vínculos. No Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, mulheres que enfrentam ou enfrentaram a doença compartilham suas histórias e como os Centros de Convivência promovem apoio emocional, inclusão social e a ressignificação de suas histórias, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar das participantes.
É o caso de Itelvina Barreiros, de 50 anos, que está em tratamento de um câncer de mama, desde 2024. Assim que foi liberada pelos médicos, ela conheceu o projeto Mais Vida e o grupo de convivência “Criative-se”, no Centro de Convivência da Família e do Idoso (Ceci) Aparecida. Foi lá, por meio das atividades promovidas pelo projeto e pelo grupo, que encontrou acolhimento.

“Fui muito bem recebida e acolhida pelas equipes. Comecei a fazer hidroginástica para recuperar o movimento dos braços e o grupo me ajudou a reencontrar a alegria que eu havia perdido enquanto fazia o tratamento, que é muito difícil”, declarou.
Dona Valdiza dos Santos, de 72 anos, frequentadora do Ceci Aparecida, já havia lidado com o câncer em alguns órgãos até que, em 2022, ela descobriu estar com câncer de mama.
“Eu sentia uma tristeza profunda e não sabia de onde vinha. Até que me aconselharam a procurar o Ceci, que oferece várias atividades para pessoas da minha idade. No Ceci, participo do grupo de convivência Mentes Ativas e, quando percebi, também participava do coral e de cursos oferecidos pelo centro. São atividades que me fazem feliz, me botam em contato com pessoas da minha idade. Faz muita diferença”, afirmou.
Eliana Gorete, de 63 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de mama em 2009. O tratamento, que contou com cirurgia e sessões de quimioterapia e radioterapia, durou 11 anos. Em 2020, após o processo de tratamento e recuperação, ela foi convidada a participar do projeto Mais Vida no CECF Magdalena Arce Daou e participa das atividades desde então.

“Como o próprio nome diz, esse projeto nos dá mais vida. Aqui, nós interagimos com outras pessoas durante as atividades, somos bem acolhidos, e isso faz a diferença na nossa saúde emocional e física. Meu conselho para quem está nesse processo ou já finalizou o tratamento é que não fique em casa, parado. O projeto realmente faz a diferença na nossa vida”, declarou.
A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama são fundamentais para aumentar as chances de cura. O diagnóstico precoce depende, principalmente, da atenção às mudanças nas mamas, do autoexame e da realização de exames de rotina, como a mamografia, que permite identificar a doença em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz.
A secretária de Estado da Assistência Social e Combate à Fome (Seas), Kely Patrícia, destacou a importância dos centros de convivência na vida de mulheres que enfrentam o câncer de mama, com a realização de atividades acolhedoras e de estimulo a elas, além da disseminação de informações sobre a doença, para o diagnóstico precoce.
“Os centros de convivência têm um papel fundamental na vida das pessoas, porque são espaços de acolhimento, fortalecimento de vínculos e reconstrução de histórias. Histórias como essas reafirmam a importância desse trabalho e o quanto ele transforma realidades todos os dias”, afirmou a secretária.
O Ceci Aparecida e o CECF Magdalena Arce Daou são dois dos sete centros de convivência administrados pela Seas em Manaus e atuam no fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Os aparelhos sociais oferecem diversos serviços e atividades, para crianças, adolescentes, adultos e idosos, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos participantes, através do esporte, lazer, cultura, capacitação profissional, além de sessões de fisioterapia realizadas pelos técnicos do Projeto Mais Vida.