Manaus (AM) – Desde o início desta semana, os pais de crianças que procuram atendimento no Hospital e Pronto-Socorro Infantil Joãozinho, na Zona Leste de Manaus, denunciam a superlotação e a demora no atendimento dentro da unidade de saúde.
Leia também: Samel é condenada a pagar R$ 15 mil à mulher que furou o pé com seringa ensaguentada
Através de vídeos e áudios, os pais registraram a intensa movimentação nas filas de atendimentos e informaram que ao questionarem a demora para os funcionários, eles apenas pediam para que aguardassem sua vez.
Aqui no Joãozinho está sem médico, muitas crianças estão vomitando, passando mal e nada de ninguém ser atendido, tem criança que até desmaiou e só falam que é para esperar, e as crianças morrendo aqui na frente
informou a mãe de uma criança que não quis se identificar
A demora na entrega de exames é um dos fatores que dificulta o atendimento na unidade de saúde, uma vez que, segundo as testemunhas que estavam no hospital, o tempo de espera é de quatro horas.
Veja o vídeo
O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) esteve no Joãozinho, na segunda-feira (8), após receber inúmeras denúncias a respeito da situação. Após identificar os problemas que levaram à superlotação da unidade, ele informou que irá entrar em contato com a Secretaria de Saúde para que a situação seja resolvida rapidamente.
A questão aqui é gritante, isso é resultado da pediatria do Platão fechada, CAICs não funcionando, e causa o represamento. Tem gente desde cedo aqui com seu bem mais precioso no colo, seu filho, filha. É desumano, e o secretário de saúde não passa aqui. O exame de sangue dessas crianças sendo realizados no já sobrecarregado João Lúcio, não tem tomógrafo específico para cá, e tem que dividir com o João Lúcio. Irei acionar os órgãos de controle para que eu possa voltar a fiscalizar e mostrar a verdade
disse Wilker Barreto
Em nota enviada ao Portal Vanguarda do Norte, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), informou que o tempo de espera maior no dia 11, para alguns pacientes nos atendimentos, ocorreu devido uma elevação da demanda com necessidade de solicitação de exames e conduta prescritiva para crianças que estavam em observação, o que eleva o tempo do atendimento do médico pediatra em consultório.
O órgão também afirmou que a unidade tem trabalhado para garantir que os pacientes sejam atendidos no menor tempo possível, seguindo os fluxos de protocolos de emergência, com o número regular de profissionais atendendo na unidade.
