O programa ‘Alta Oportuna’, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), atendeu, desde o início do ano, 1.766 crianças em prontos-socorros infantis de Manaus, liberadas para tratamento em casa, recebendo o kit com as medicações necessárias e com retorno já pré-agendado para acompanhamento. A ‘alta médica responsável’ é concedida nos casos em que a equipe identifica que o paciente pode continuar sendo tratado em casa, sem necessidade de internação.
Um dos objetivos da alta oportuna, conforme explica a secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, é reduzir o impacto nos prontos-socorros infantis, no período do inverno amazônico, quando aumentam os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), no Amazonas.
“Estamos assegurando o tratamento completo delas no hospital e após a alta médica. De acordo com a prescrição médica e um protocolo muito bem elaborado por uma equipe multidisciplinar, nenhuma mãe sai com seu filho do hospital sem a garantia do tratamento completo da equipe que o assistiu e sem receber os medicamentos necessários”, afirma a secretária.
Lançado pelo governador Wilson Lima no ano passado, o programa também evita a reinternação, quando paciente, ao não dar sequência no tratamento em casa, após a alta hospitalar, precisa retornar ao pronto-socorro.
Os Hospitais e Prontos-Socorros da Criança (HPSC) Zona Sul, Zona Oeste e Zona Leste (Joãozinho) estão adotando o procedimento, já com bons resultados, este ano. Além do kit com as medicações necessárias, os pacientes também saem das unidades com consulta pré-agendada para acompanhamento nos Centros de Atenção Integral à Criança (CAICs). “Entregamos o antitérmico, o anticongestionante e antibióticos com a prescrição médica na receita. Ainda garantimos que, após a conclusão do tratamento, a criança já tenha sua consulta de acompanhamento”, detalha a secretária Nayara Maksoud.


Avaliação médica
Vonivaldo Araújo comemorou a alta hospitalar do filho Heitor, de seis anos, internado no ‘Joãozinho’ para tratamento de pneumonia. “A gente tem que agradecer a equipe médica, que se empenhou bastante. Agradecer, porque foi um excelente atendimento. A gente vai continuar o tratamento em casa. Temos que focar no tratamento dele”, disse.
No momento da alta de Heitor, Vonivaldo, assim como os demais pais e responsáveis de pacientes, recebeu orientação quanto à importância de dar continuidade ao tratamento da criança em casa, para que ela não precise voltar a ser internada.
A diretora do ‘Joãozinho’, Alessandra Santos, destaca que, antes da liberação hospitalar, a criança passa por uma avaliação médica completa e criteriosa, para garantir que esteja estável o suficiente para receber alta e que todas as questões médicas tenham sido abordadas. A diretora informou que o “Alta Oportuna” possibilita abrir mais leitos para crianças com casos mais graves.
“Em tempos de SRAGs, nossa taxa de ocupação fica em torno de 95%, por isso, precisamos, realmente, adotar estratégias para reduzir essa pressão e atender a todos que buscam atendimento”, afirmou.
O médico pediatra do HPSC ‘Joãozinho’, Carlos Aires, destacou que, além de garantir o tratamento completo em casa, o “Alta Oportuna” ajuda a família no aspecto econômico. “Na hora que eles recebem a medicação, facilita para que mantenham o tratamento. Muitas vezes, quando não se dispõe dessa possibilidade, o paciente acaba voltando, por não ter condições de comprar os remédios. Esse programa diminui bastante o retorno do paciente à unidade”, pontuou.
Prontos-Socorros infantis
O HPSC da Zona Sul, fica localizado na Avenida Codajás, bairro Cachoeirinha.
O HPSC da Zona Oeste, na Avenida Brasil, bairro Compensa.
E o HPSC da Zona Leste, “Joãozinho”, na Alameda Cosme Ferreira, s/n, bairro São José I.