Coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), o Programa Pé Diabético realizou, de janeiro a julho deste ano, 15.400 atendimentos nas seis policlínicas da capital. O projeto, que dispõe de equipe multidisciplinar, atende mensalmente 700 pacientes que, por complicações da doença, desenvolveram úlceras nos pés.
De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, trata-se de um modelo exitoso, que vem contribuindo para a redução das taxas de amputação de membros inferiores, geralmente ocasionadas pela expansão das lesões, de difícil cicatrização. Além disso, menos de 1% dos pacientes tratados apresentam retorno das lesões, disse ela.
Dados da SES-AM mostram que, neste primeiro semestre, foram realizadas 21,4 mil trocas de curativos, processo que exige material e manejo apropriados. O programa Pé Diabético promove a assistência aos pacientes, através de uma equipe formada por angiologistas, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros.
O pé diabético consiste em uma complicação da doença, que se manifesta por meio de um ferimento nos membros inferiores agravado por infecção. “Os atendimentos oferecidos pelas nossas policlínicas tratam dessas lesões e fazem todo o acompanhamento do paciente, para que ele se recupere e tenha qualidade de vida”, observa a secretária Nayara Maksoud.
A gerente de Policlínicas e Centros Especializados da SES-AM, Raíza Silva, destaca que o diferencial do programa é a atenção humanizada e individualizada, dedicada a cada paciente. “Trata-se de garantir acolhimento e dignidade a essa parcela da população acometida por complicações do diabetes. Além do tratamento e acompanhamento das lesões, é importante também a orientação nutricional e o acolhimento psicológico desse paciente, de modo que seja tratado de forma sistêmica”, disse.
Ela destaca, também, o atendimento que é realizado no ambulatório de egressos, que funciona na Policlínica Codajás. “Lá, os usuários têm a oportunidade de continuar o seu tratamento após a cicatrização das lesões crônicas. Vale ressaltar que, por conta do programa, menos de 1% desses pacientes apresentam retorno das lesões que já foram tratadas”, frisou.
Acesso
O acesso ao programa é realizado através de encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. Para alguns pacientes, a porta de entrada também pode ser pelos hospitais e prontos-socorros, após avaliação ou alta referenciada de um cirurgião vascular.
As policlínicas que oferecem o Programa Pé:
• Policlínica Governador Gilberto Mestrinho, no Centro, zona sul;
• Policlínica Antônio Aleixo, bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste;
• Policlínica Codajás, bairro Cachoeirinha, zona sul;
• Policlínica Dr. José Lins, bairro Redenção, zona centro-oeste;
• Policlínica Zeno Lanzini, bairro Tancredo Neves, zona leste;
• Policlínica Danilo Corrêa, bairro Cidade Nova, zona norte.