O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), junto com a Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), integra o Laboratório Misto Internacional Sentinela, iniciativa de pesquisa para o desenvolvimento na área de vigilância de doenças infecciosas na Tríplice Fronteira.
Segundo a Fiocruz Amazônia, o objetivo do projeto é expandir, desenvolver e implementar metodologias e ferramentas sustentáveis. Elas visam a obtenção, representação e análise conjunta de dados, informações e conhecimentos transfronteiriços relativos a doenças infecciosas. Estes dados auxiliam na implementação de sítios sentinelas transdisciplinares, territorialiados e transfronteiriços para a saúde pública.
De segunda (3) a quarta-feira (5), o Instituto Francês realizou, em Manaus, um workshop com a finalidade de discutir questões globais relacionadas à Amazônia e estabelecer estratégias de ação para o desenvolvimento de pesquisas em parceria com instituições do Brasil e da França.
A intenção é definir uma estratégia científica para o Instituto, baseada nas expectativas dos parceiros e dos governos e discutida com financiadores. O encontro resultou na elaboração da “Declaração de Manaus para a pesquisa compartilhada na Amazônia”, que poderá ser apresentada na Cúpula dos Chefes de Estado da Amazônia, prevista para o início de agosto, em Belém.
Serviços Ambientais
O IRD, por meio do LMI Sentinela e outros laboratórios mistos internacionais, dá atenção especial a questões relativas aos serviços ambientais prestados pela Amazônia, em relação ao clima e às diferentes fases que caracterizam a região amazônica. Saúde Global, rios voadores, a perda da biodiversidade, os efeitos do desmatamento no clima, o avanço do agronegócio e das migrações são alguns dos temas que estão no centro dos debates.
Recentemente, Joaquín Carvajal Cortes, apresentou os resultados das pesquisas do Laboratório do Núcleo PReV Amazônia e do LMI Sentinela num Seminário Internacional do Projeto PROGYSAT, na Guiana Francesa.
O palestrante abordou sobre os desafios e perspectivas da vigilância entomológica espaço-temporal em zonas de fronteira e resultados do controle de Aedes através das Estações Disseminadores de Larvicida no Brasil, avaliando a possibilidade de implementação da estratégia em Caiena e Kouros (Guiana Francesa).
O PROGYSAT faz ênfase no desenvolvimento ou à harmonização de aplicações temáticas baseadas em imagens de satélite, em quatro eixos temáticos: recursos hídricos e sensibilidade ambiental; malária e arboviroses transmitidas por mosquitos; poluição, urbanização e habitação precária e conhecimento da diversidade florestal.
*Com informações da assessoria.