Manaus – O Governo do Amazonas iniciou, nesta quinta-feira (09), o 3º Workshop de Avaliação da Operação Tamoiotatá. O evento reúne órgãos do Sistema Estadual do Meio Ambiente, de Segurança Pública e instituições federais, para discutir melhorias para a força-tarefa, que atua no combate ao desmatamento e queimadas no estado desde 2021.
O encontro ocorre até esta sexta-feira (10). O objetivo é avaliar os resultados obtidos na força-tarefa de 2022 e integrar o planejamento das estratégias de atuação para a Operação Tamoiotatá 3, prevista para ter início ainda neste mês.
Ao longo dos dois dias, todos os órgãos que compõem a força-tarefa estarão reunidos para apresentar suas propostas. É um espaço de troca e, também, de definição das estratégias e soluções que vão conduzir a atuação do Governo do Amazonas em campo, para uma ação de combate mais efetiva.
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“A gente veio de um período de aumento desses dados e esse momento aqui é para a gente fazer uma avaliação, ver quais foram os pontos positivos, o que a gente pode continuar, o que tem que melhorar, para que a gente possa reduzir essa curva de aumento dos últimos cinco anos, em especial, em áreas federais”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
Segundo ele, a expectativa para a Operação Tamoiotatá 3 é integrar ainda mais os órgãos federais, que concentram o maior número de alertas de desmatamento e focos de calor. “Há uma mobilização para que a gente apresente um projeto em conjunto para captar recursos do Fundo Amazônia e trabalhar em parceria com o ICMBio e Ibama”, ressaltou.
Durante a abertura do workshop, o secretário de Estado de Segurança Pública do Amazonas, General Carlos Alberto Mansur, destacou a atuação das forças de segurança na ação. “É uma missão que envolve muitos agentes, de fiscalização e do sistema de segurança pública. São muitas viaturas, utilizamos tecnologia, como drones, equipamentos de rádio, também são muitas horas de voo de aeronave e muitos quilômetros percorridos”, disse.
O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, também destacou a importância do encontro. “A importância desse evento é a gente identificar os problemas que houve na operação do ano passado e ajustar essas possíveis falhas para que a gente melhore na execução do plano”, disse.
Ele ainda ressaltou a relevância da integração do Governo Federal nas ações. “A gente precisa ser mais eficaz nas nossas ações, buscar resultados efetivos e acreditamos que esse ano haja essa possibilidade ainda maior, em virtude da reintegração dos órgãos e das forças de segurança do governo federal”, finalizou.
Primeiro dia
Nesta quinta-feira (09), o evento teve quatro painéis principais. O primeiro foi conduzido pela Sema, em que foi exposto um diagnóstico dos dados de queimadas e desmatamento no Amazonas. O segundo painel foi realizado pelo Ipaam. Na ocasião, foi apresentado como será a aplicação de novas tecnologias para as ações de 2023, além dos resultados da Operação Tamoiotatá 2.
O terceiro painel foi conduzido pela SSP e Seagi, ao lado das polícias militar e civil. Juntos, eles apresentaram o Planejamento Tático Integrado da Tamoiotatá 3. A atuação do Corpo de Bombeiros e dos brigadistas florestais, que passaram a ser remunerados, pela primeira vez, no Amazonas, em 2022, foi o foco do painel 4.
Operação integrada
A Tamoiotatá é a maior força-tarefa integrada já realizada pelo Governo do Estado, na repressão de crimes ambientais. Desde 2021, a ação integra as forças ambientais e de segurança pública do Amazonas, num esforço contínuo de ampliar a presença estadual nas áreas críticas para o desmatamento e as queimadas, com foco especial no Sul do Amazonas.
A ação é composta por integrantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi) e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Também participam representantes do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Defesa Civil do Amazonas, bem como membros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).