Autor: Nelson Azevedo

Nelson é economista, empresário e presidente do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Metalomecânica e de Materiais Elétricos de Manaus, conselheiro do CIEAM, vice-presidente da FIEAM e diretor da CNI.

A Semana do Economista deste ano, celebrada pela Assembleia Legislativa do Amazonas, acontece em um momento decisivo. O Brasil se prepara para sediar a COP 30, em novembro, em Belém, e os olhos do mundo voltarão-se para a Amazônia. Nesse cenário, o Amazonas tem diante de si uma responsabilidade histórica: demonstrar que é capaz de conciliar desenvolvimento econômico, justiça social e proteção da floresta. O Amazonas não pode errar. E o risco de reputação é real. O último levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostrou que o estado, até então referência na preservação da floresta em pé, cedeu…

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O mundo se agita em reorganização econômica e tecnológica e nos impoe desafios e oportunidades. O mundo que produz está em plena reorganização econômica e tecnológica, e a Amazônia volta ao centro das atenções como território estratégico. A hora é agora para darmos um salto de qualidade no nosso perfil industrial, diversificando e adensando o Polo Industrial de Manaus (PIM) para atender a novas demandas e conquistar mercados mais sofisticados. A Lição da Pandemia A crise da COVID-19 revelou algo que muitos desconheciam: a surpreendente capacidade instalada da indústria manauara. Adaptamos linhas de produção, mobilizamos equipes, entregamos soluções em tempo…

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O cinquentenário do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM) é, por excelência, um momento de celebração. Mas, para além das homenagens protocolares, a data nos convoca à reflexão. O que fizemos com esses 50 anos? O que deixamos de fazer? E, sobretudo, o que ainda nos cabe construir? Este ensaio é um convite à responsabilidade histórica dos economistas diante do desafio até aqui incontornável de desenhar uma economia com identidade amazônica — ainda uma missão inacabada. 1. O Espelho dos 50 Anos Chegar aos 50 anos é, para qualquer instituição, uma conquista. Mas é também um chamado ao autoexame.…

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O momento que vivemos exige mais do que nunca uma convergência de propósitos, talentos e maturidade institucional. A polarização política — tão desgastante quanto improdutiva — precisa ser posta de lado diante dos desafios que nos convocam. É tempo de responsabilidade e sabedoria. O interesse nacional A leitura atenta da realidade e os critérios de decisão devem ser referenciados pelo que há de mais sagrado na missão pública: o interesse nacional. Esse interesse se materializa na segurança econômica da sociedade, no respeito às instituições e na sustentação jurídica do setor produtivo — que garante abastecimento, empregos e estabilidade. Polarizar ou…

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A nova onda de tarifas e retaliações comerciais entre grandes potências, notadamente os Estados Unidos e seus principais parceiros, acendeu um alerta global. No Brasil, alvo da mistura entre tarifas e interferência política, os efeitos desse tensionamento são imediatos e preocupantes: inflação pressionada, risco de reversão no ciclo de queda dos juros e instabilidade para os investimentos especialmente para quem depende de insumos, tecnologias e cadeias produtivas globalizadas, como é o caso do Polo Industrial de Manaus (PIM). Maldita polarização  O Brasil, mais uma vez, está exposto a um conflito provocado pela polarização ideológica, que pode comprometer seriamente sua economia…

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A presença das Forças Armadas na Amazônia nunca foi apenas uma operação militar. Sempre foi — e cada vez mais precisa ser — um projeto de Estado, de Nação e de futuro. Em tempos de instabilidade geopolítica, mudança climática e pressão internacional sobre os biomas tropicais, o Comando Militar da Amazônia (CMA) reafirma seu papel como guardião não apenas das fronteiras físicas, mas também das fronteiras do conhecimento, da presença institucional e da soberania cidadã. Logística, tecnologia e inteligência  Sob a liderança do General Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, o CMA tem demonstrado que logística, tecnologia e inteligência são instrumentos…

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Duas reportagens publicadas no último domingo (22), na Folha de S.Paulo, trataram da Zona Franca de Manaus (ZFM) com uma lente que, embora legítima, revela certa distância dos contextos e complexidades da Amazônia produtiva. Uma abordou a evasão de talentos. A outra, os preços ao consumidor manauara. Ambas provocam reflexões necessárias, mas também exigem, por parte do setor produtivo, uma resposta propositiva, serena e fundamentada em fatos. A Zona Franca forma talentos – e o Brasil precisa retê-los A chamada “fuga de cérebros” não é exclusividade de Manaus. É um fenômeno nacional. Vivemos em um país em que 59% dos…

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A proposta em debate no Congresso Nacional para reduzir a jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas, mantendo a remuneração mensal, apresenta-se como uma conquista social legítima. No entanto, como tantas outras medidas bem-intencionadas, ela pode produzir efeitos colaterais devastadores se aplicada de forma homogênea a um país estruturalmente desigual como o Brasil. A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma dessas regiões onde os impactos negativos não apenas superam os benefícios esperados, mas colocam em risco a própria razão de ser de uma das mais importantes políticas públicas de desenvolvimento sustentável do país. De acordo com a…

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No cenário industrial do Amazonas, um fenômeno há muito identificado e cada vez mais consolidado ganha corpo e força: a presença feminina em posições estratégicas, operacionais e de liderança. Não se trata apenas de uma tendência, mas de uma transformação irreversível que reforça a necessidade de uma visão sensível, interdisciplinar e interinstitucional na gestão de pessoas e processos. Protagonismo, o diferencial  A presença da mulher na indústria amazônica não é recente, mas sua ascensão a postos de maior protagonismo tem sido um diferencial cada vez mais evidente. Observações in loco confirmam o que já se intuía: contar com mulheres nas…

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A Zona Franca de Manaus (ZFM) sempre foi um laboratório de inovação econômica dentro da Amazônia, conciliando desenvolvimento industrial com preservação ambiental. No entanto, diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, pela nova ordem econômica global e pelo avanço da economia digital, a ZFM precisa se reinventar. Nesse contexto, a convergência entre Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e bioeconomia não é apenas uma oportunidade, mas uma necessidade estratégica para redefinir seu papel na economia nacional e internacional. Bio&TIC, diversificação e interiorização  A digitalização e a conectividade podem transformar radicalmente a forma como a bioeconomia se estrutura e se expande…

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