BRASIL – O Brasil comemora a queda de 85% no número de crianças não vacinadas com a DTP1 — que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Com esse avanço, o país deixou a lista das 20 nações com mais crianças não imunizadas.
No caso dessa vacina na lista, especificamente, a falta de cobertura, que atingiu 687 mil crianças em 2021, ainda sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), caiu para 103 mil em 2023, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Já o número de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 caiu de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP — administrada pelo Programa Nacional de Imunizações, do SUS, é conhecida como pentavalente. Os dados foram publicados em relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e da Organização Mundial da Saúde, no dia 15.
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De acordo com o Observatório da Atenção Primária à Saúde da associação civil sem fins lucrativos Umane, o país atingiu em 2021, penúltimo ano do governo Bolsonaro, a menor cobertura vacinal em um período de 20 anos, com uma média de 52,1%.
De 2001 a 2015, aponta a Umane, a média nacional de cobertura vacinal se manteve sempre acima dos 70%, mas, em 2016, diminuiu para 59,9% e passou a cair desde 2019, atingindo os 52,1% em 2021.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembra que “depois de conquistas como a erradicação da varíola e a eliminação da poliomielite, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) se encontrava sob grave risco. Desde 2016, o Brasil enfrentava quedas sucessivas nas coberturas vacinais. No ano passado, revertemos essa tendência”.
Mas, salientou, “nós revertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas. E hoje, com o reconhecimento da Unicef e da Organização Mundial da Saúde, confirmamos que o Brasil se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais”.
Ela acrescentou que “tudo isso foi possível com o empenho e o trabalho dos profissionais da saúde e dos gestores estaduais e municipais. Nosso agradecimento a todos aqueles que se mobilizaram, que levaram as crianças para atualizar a caderneta de vacinação e que confiaram no Sistema Único de Saúde”.
“Após anos de queda nas coberturas vacinais infantis, a retomada da imunização no Brasil merece ser comemorada. Agora, é fundamental continuar avançando, ainda mais rápido, para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas”, defende Luciana Phebo, chefe de Saúde do Unicef no Brasil.
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