A pedido dos advogados do cantor Caetano Veloso, a Justiça do Rio de Janeiro determinou, na última segunda-feira (4), a penhora dos valores arrecadados pela Editora Record com a venda dos livros de Olavo de Carvalho.
O escritor, morto em janeiro de 2022, havia sido condenado a pagar multa diária de R$ 10 mil por não ter retirado de suas redes sociais publicações de 2017 nas quais acusava Caetano de pedofilia.
A Justiça concedeu liminar ao cantor e determinou a remoção do conteúdo das redes sociais, o que nunca foi feito. O valor da indenização acumulou e, conforme a última atualização feita em 2022, já estava em R$ 3,37 milhões, conforme mostra reportagem de Ancelmo Gois, do O Globo.
Segundo a decisão do juiz Guilherme Pedrosa Lopes, da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, enquanto não for finalizado o inventário do escritor, a universalidade de bens do espólio de Olavo de Carvalho responde pelas dívidas contraídas por ele.
Sendo assim, a execução da sentença da ação vencida por Caetano Veloso deve ser direcionada ao espólio. A Editora Record informou à Justiça que os valores referentes aos livros de Olavo de Carvalho, atualmente, totalizam o montante de R$ 8,01 mil.