O governo do Rio de Janeiro autorizou que escolas estaduais sem climatização adequada reduzam em 50% a carga horária presencial durante a onda de calor. Das 1.234 unidades de ensino no estado, 200 estão sem ar-condicionado, segundo a Secretaria de Educação (Seeduc).
Segundo o governo, desde 2023, um mapeamento das condições estruturais das escolas vem sendo feito, e a expectativa é que, em até 90 dias, 180 unidades sejam climatizadas.
Além da situação nas escolas, o calor intenso tem impactado outras áreas. Entre os dias 10 e 16 de fevereiro, o Samu registrou um aumento de 45% nos chamados na capital, com metade dos atendimentos voltados para idosos.
Para minimizar os impactos, o governo anunciou a instalação de pontos de hidratação em áreas de grande circulação, incluindo bases do Segurança Presente e 26 bebedouros em UPAs.
O estado também registrou um crescimento de 370% nos focos de incêndios florestais e mais de 120% nos salvamentos marítimos na praia.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que “as aulas estão mantidas e tem focado na hidratação constante dos alunos e profissionais, além de intensificar a distribuição de frutas nas escolas”.
Incêndios no RJ
Nos últimos dias, o Rio de Janeiro foi palco de outros incêndios de grandes proporções:
Na terça-feira (18), um incêndio de causa ainda desconhecida destruiu parte de uma das cidades cenográficas dos Estúdios Globo, no bairro da Curicica, na zona oeste da capital. O fogo atingiu os cenários das novelas “Dona de Mim” e “Êta Mundo Melhor”, que estavam em fase final de construção, e um cenário da série de humor “Tô de Graça”, que já estava em operação.
Três brigadistas ficaram feridos durante o combate às chamas. O Corpo de Bombeiros, com o apoio de 40 militares de nove unidades, conseguiu controlar o fogo e evitar que ele se propagasse para outras áreas.
Na última quarta-feira (12), um incêndio atingiu uma fábrica de fantasias de carnaval da Maximus Confecções, em Ramos, na zona Norte do Rio de Janeiro.
No sábado (08), um incêndio de grandes proporções atingiu uma fábrica de óleo, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro.