O número de casos de dengue cresceu nas duas últimas semanas de dezembro em Santa Catarina, com a chegada do verão e com a elevação das temperaturas no Estado. Entre os dias 15 e 28 de dezembro, foram registrados 1.791 casos prováveis, representando um aumento de 717,81% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 219 casos nas duas últimas semanas do ano.
Segundo dados do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS de Santa Catarina, entre os 1.791 casos prováveis, 31 já foram confirmados, sendo que um deles é considerado caso de dengue com sinais de alarme. Os outros 1.760 são casos suspeitos da doença.
O mês de dezembro teve crescimento gradual do número de casos de dengue em Santa Catarina. Na primeira semana, entre os dias 1° e 7 de dezembro, foram 351 casos prováveis registrados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC). Já na segunda semana, dos dias 8 a 14 de dezembro, há registro de 670 casos prováveis.
Na terceira semana, entre os dias 15 e 21 de dezembro, o número chegou ao maior patamar do mês, de 969 casos. Já entre os dias 22 e 28 de dezembro, última semana do ano, foram 822 casos registrados.
Nesse período de crescimento expressivo dos casos, nas duas últimas semanas do ano, a região da Grande Florianópolis liderou o número de casos prováveis. Em seguida aparece a região Nordeste, que engloba a cidade de Joinville, e a Foz do Rio Itajaí.
Vacinação avança pouco
Em andamento desde fevereiro do ano passado, a vacinação contra a dengue em Santa Catarina tem como público-alvo crianças e adolescentes de 10 a 14 anos das áreas mais atingidas para a doença.
Atualmente, o imunizante está disponível para esta faixa etária em 76 municípios das regiões Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Oeste.
A cobertura vacinal, contudo, continua longe do ideal. Na região Nordeste, a primeira a começar a vacinar e a mais avançada na vacinação, o percentual de cobertura do público-alvo com a primeira dose é de 56,14%. Já a segunda dose foi tomada por somente 27,66% das crianças e adolescentes de 10 a 14 anos na região.
Em contrapartida, o Médio Vale do Itajaí tem o pior cenário, com 31,62% de cobertura vacinal com a primeira dose e 10,91% com a segunda dose, considerando o público-alvo.