Um incêndio de grandes proporções atinge um dos pavilhões da Ceasa, a maior central de abastecimento do estado, que fica em Irajá, na Zona Norte da cidade, desde o início da madrugada desta quarta-feira (3). Ao menos 28 lojas foram atingidas.
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre feridos. No entanto, 4 bombeiros foram levados a hospitais da região por exaustão. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 1h40 para combater as chamas.
Segundo testemunhas, o incêndio iniciou em uma loja de alimentos e se propagou rapidamente para estabelecimentos vizinhos que comercializam plásticos, papéis, bebidas e outros materiais altamente inflamáveis.
As chamas atingem o pavilhão 43. O espaço tem boxes de hortifrutigranjeiros, mamão, coco, manga, milho, abóbora, melancia, batata, cebola e alho. Os demais pavilhões que não foram afetados pelas chamas funcionavam normalmente por volta das 7h.
Em imagens do local, é possível ver as chamas tomando conta de vários galpões rapidamente.
Devido à força do fogo e ao risco de propagação para outras áreas do centro de distribuição, militares de 7 quartéis foram mobilizados: Irajá, Guadalupe, Penha, Caxias, São Cristóvão, Parada de Lucas e Nova Iguaçu.
Além dos bombeiros, equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e da Guarda Municipal estão no local.
Conforme a CET-Rio, o motorista deve redobrar a atenção ao circular pela região, pois a fumaça pode prejudicar a visibilidade. Até o momento, não há impacto no trânsito do bairro.
Nesta terça (2), a Ceasa anunciou o funcionamento em horário especial a partir da próxima segunda-feira (8), devido às festas de Natal e Ano Novo, período em que é maior o movimento no mercado de hortifrutigranjeiros.
Segundo o comunicado, o local ficará aberto até as 3h, do dia 8 de dezembro ao dia 2 de janeiro de 2026.
Os comerciantes afirmaram que os prejuízos serão grandes, já que reforçaram os estoques para atender à demanda das festas de fim de ano.
“É triste. A gente fica sem saber o que fazer. Agora, vamos cancelar algumas cargas que estavam programadas. Algumas chegaram hoje, mas tivemos que repassar para outros lojistas do Ceasa. Vamos esperar para ver como agir”, disse um dos lojistas.
Outro comerciante desabafou:
“Acabou com tudo. Mas vamos levantar a cabeça e trabalhar para reconstruir.”


