A Justiça de Minas Gerais converteu a prisão em flagrante do empresário Renê da Silva Nogueira Junior em prisão preventiva após o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes. A decisão foi proferida em audiência de custódia e destacou a gravidade concreta dos fatos e a periculosidade social do empresário.
Além do homicídio, Renê também é investigado por ameaça contra a motorista do caminhão. O juiz expressou surpresa com a conduta do acusado, que, após cometer o crime hediondo, foi preso em uma academia, questionando: “Comete um crime desse porte, desse nível e vai treinar numa academia?“.
O magistrado apontou que o homicídio duplamente qualificado ocorreu por motivação fútil, durante uma briga de trânsito na qual o empresário buscava ultrapassar o veículo coletor de lixo onde os garis trabalhavam. A vítima, em serviço e indefesa, foi atingida no abdômen e veio a óbito no local por hemorragia interna.
Veja abaixo trecho da audiência:
Entenda o caso
O gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi brutalmente assassinado a tiros na manhã de segunda-feira (11), por volta das 9h03, em Belo Horizonte (MG). O crime teria sido motivado por uma briga de trânsito. A vítima foi socorrida, mas morreu momentos depois por hemorragia interna.
Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, era descrito como um pai de família e um trabalhador honesto, cuja vida foi tragicamente ceifada. Colegas afirmaram que ele será lembrado por ser uma pessoa muito alegre e de coração gigante.
De acordo com a empresa em que ele atuava, Laudemir dedicou quase oito anos de sua vida, especificamente 7 anos e 11 meses, à empresa de limpeza urbana, sendo reconhecido por seu comprometimento, nunca faltando ao serviço e por sua capacidade de se dar bem com todos da equipe. A categoria se manifestou nessa terça-feira (12), em luto por sua perda.