Brasil – A Justiça Federal, por meio do Ministério Público Federal (MPF), suspendeu o resultado do concurso público para a vaga de professor do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), após um dos desenvolvedores da prova ter sido aprovado em primeiro lugar.
O docente era professor e chefe do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução da Universidade e escolheu os temas que seriam constados na prova.
O edital do concurso foi publicado em agosto de 2019, e, em novembro seguinte, o então chefe de departamento foi dispensado do cargo. Dias depois, ele se inscreveu no mesmo concurso e, em dezembro de 2022, foi homologado o resultado, em que o professor foi classificado na primeira posição.
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Para o MPF, a participação do professor no concurso que ele próprio formatou viola o dever de igualdade de condições exigível nas disputas por cargos públicos, além de outros princípios da Administração Pública, como moralidade, impessoalidade, legalidade e isonomia.
A UFMG se manifestou sobre a situação após ser questionada pelo MPF.
“A UFMG acolheu todos os encaminhamentos do Ministério Público e está colaborando com a apuração da denúncia. Como instituição pública a serviço da sociedade, a Universidade se pauta pela lisura de seus processos seletivos e envida esforços para que o caso seja devidamente esclarecido”, informou, em nota, a universidade.