BRASIL – Tiago Henrique é um homem aflito. Perdeu a esposa e as filhas ao mesmo tempo. Maria Madalena Marques Veras e as duas filhas gêmeas morreram na segunda-feira (16), no parto ‘Até agora, não tenho uma resposta do porquê elas morreram, nasceram mortas. Se estava tudo bem, por que elas nasceram mortas? E agora o falecimento da minha esposa’, desabafa o pai, Tiago Henrique.
A tragédia na Santa Casa de Misericórdia de Sobral, no interior do Ceará, matou a mãe de 26 anos, que estava de 36 semanas.
“Uma das médicas falou para a minha falecida mulher que ela não precisava ir para o regional (Hospital Regional Norte, em Sobral), que aqui era melhor e teria mais recurso para ela. A gente optou esperar, porque disse que as crianças estavam bem na barriga dela’, conta Tiago.
Mas a família aponta negligência.
Janilo Sousa, cunhado de Madalena, diz que Maria veio de Tianguá. “Passou uns dez dias do prazo que o médico deu (para Madalena ter as crianças”, diz.
A família vai entrar com ação na justiça. Mas em nota, o Hospital Madalena Nunes, de Tianguá, diz que não fez nada errado. A Santa Casa de Sobral diz que a cesariana foi planejada, mas houve um “deslocamento prematuro da placenta”.