O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) autorizou a influenciadora Ianka Cristini a deixar o Complexo Prisional da Canhanduba, em Itajaí, e permanecer em prisão domiciliar. A decisão foi do desembargador plantonista Silvio Franci, na madrugada desta sexta-feira (17). Ianka foi presa na última terça-feira (14) por suposto envolvimento em fraude com o “Jogo do Tigrinho”.
O pedido de liberação havia sido negado em primeira instância na quinta-feira, mas a defesa de Ianka recorreu. O advogado Mathaüs Agacci, que representa a influencer, alegou que ela é mãe de quatro filhos com menos de 12 anos, dois deles bebês, que o marido dela também foi preso, que os crimes supostamente cometidos não envolveram violência ou ameaça, e que as crianças estão em situação de vulnerabilidade sem a presença da mãe.
A decisão que liberou a influencer está em nível 5 de sigilo, o mais alto decretado pela Justiça. O marido dela, o também influenciador Bruno Martins, e uma assessora do casal, seguem presos.
Na quinta-feira (16), o Ministério Público de Santa Catarina divulgou que mais de 60 pessoas procuraram o órgão relatando terem sido vítimas do suposto esquema dos influenciadores com o Jogo do Tigrinho. O MPSC abriu um canal de denúncias após a prisão de Ianka.
A decisão judicial que determinou a prisão de Ianka, do marido e da assessora fala em um suposto esquema de captação de novos apostadores para o “Jogo do Tigrinho”. Ela ocorreria por meio de um simulacro do jogo, que era oferecido como um “aperitivo” ao apostador, e que se comportava de maneira favorável, dando a entender que seria fácil ganhar dinheiro. Ainda segundo a investigação, quanto mais os usuários perdessem dinheiro na plataforma, mais os influenciadores lucrariam.
A prisão foi decretada porque, para a Justiça, havia risco do casal fugir para o exterior.