BRASIL – O Ministério da Educação prorrogou o prazo de inscrição para o processo seletivo do Fies do primeiro semestre do ano para esta segunda-feira (18).
O Fies financia a graduação de estudantes em instituições privadas de ensino superior.
Os interessados em participar devem se inscrever até antes da meia-noite de hoje, pelo horário de Brasília, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
A prorrogação foi publicada sexta-feira (15), quando acabava do prazo de inscrições para o Fies.
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As demais datas do processo seletivo não foram alteradas. Ou seja, no dia 21 de março, sai o resultado, e a complementação da inscrição dos pré-selecionados vai de 22 a 26 de março.
Participam desta edição 1.260 instituições privadas de educação superior que oferecem, por meio do programa, 67 mil vagas para financiamento.
Metade delas é reservada para o Fies Social, que atende pessoas com renda familiar de até meio salário mínimo inscritas no CadÚnico, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
Esse grupo pode financiar até 100% dos encargos educacionais cobrados pela instituição privada de educação superior.
Fórum antes do Fies
primeira edição do Fórum de Políticas de Educação Superior, realizada nesta sexta-feira, 15 de março, durante a CRES+5 — reunião de acompanhamento da III Conferência Regional de Educação Superior da América Latina e Caribe (CRES 2018) —, abordou dois temas-chave para as políticas públicas da educação superior na região: a qualidade e o financiamento. Nesse âmbito, o eixo transversal foi a contribuição da educação superior para o desenvolvimento sustentável.
O evento, organizado pelo Instituto Internacional da UNESCO para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (UNESCO-IESALC), foi dividido em dois painéis. Houve a participação de formuladores de políticas públicas da região do mais alto nível, além da contribuição do público, em debates abertos.
Foram apresentados, no primeiro painel do dia, os desafios e as oportunidades para melhorar a qualidade da educação superior, com uma perspectiva abrangente que envolveu: monitoramento e melhoria da qualidade dentro das instituições; supervisão em nível de sistema, por agências de garantia de qualidade; qualidade no desenvolvimento das missões (ensino, pesquisa e administração); competências do corpo docente e aprendizagem profissional; relevância da educação superior e da investigação para as necessidades sociais; e inovação em práticas de melhoria da qualidade.
O segundo painel discutiu o financiamento da educação superior e a sustentabilidade. A discussão abordou aspectos como: mecanismos de financiamento público e privado para instituições de educação superior; esquemas de apoio financeiro a estudantes por meio de bolsas de estudo e empréstimos; considerações sobre empregabilidade e as condições de trabalho; atribuição de bolsas de pesquisa; formas econômicas para uma educação superior de qualidade, acessível e inclusiva; autonomia financeira das instituições; e abordagens de financiamento inovadoras.
Durante os debates, os participantes apresentaram perspectivas baseadas nas suas experiências e discutiram estratégias eficazes para construir modelos de financiamento sustentáveis, que respondam às necessidades da educação superior e otimizem o seu impacto na sociedade. A relação entre as políticas relacionadas com o financiamento da educação superior e a contribuição do setor para a sustentabilidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) também foi pauta do encontro.