O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) identificou que 18 associações de aposentados e pensionistas usaram software para falsificar assinaturas de forma automática no esquema de descontos indevidos nos contracheques.
Dessas 18 entidades, 12 foram identificadas anteriormente e mais seis recentemente. Todas foram acionadas para prestar esclarecimentos.
O órgão ainda apura a participação de demais associações que ainda não responderam sobre o uso automático para inclusão de nomes.
“Inicialmente tivemos 12 associações que abriram o processo, que são aquelas que são laranjas, que pagaram propinas e que não existem. Identificamos mais seis que contrataram software de assinaturas e outras tantas que não responderam nenhum questionamento aos nossos segurados ou responderam muito poucos ou juntaram documentos não permitidos pelas nossas instituições normativas”, disse em entrevista à CNN nesta quinta-feira (24) o presidente do INSS, Gilberto Waller Jr.
Em junho, a CNN revelou que entidades usaram áudios e dados falsos para atestar suposta contratação das vítimas. Idosos ouvidos pela reportagem apontaram que gravações foram fabricadas e que alguns dados, como nome e endereço, aparecem com erro.
Segundo o presidente, há uma “fraude da fraude” que foi levantada.
“Pasmem, há a fraude da fraude. Esses casos estão sendo apontados e verificados e apontados para a CGU e Ministério Público Federal. Porque é o mesmo padrão de assinatura. Vamos tratar de duas formas, a questão do pagamento e a questão da responsabilização administrativa e penal”, disse.
“Sobre os casos que das gravações que o segurado nem sabia para o que estava falando ‘sim’, é importante salientar que em nenhuma instrução normativa a gravação foi um meio adequado para garantir a autorização de descontos dos associados”, esclareceu.
Ao todo, no bojo da investigação, 4,1 milhões de pessoas contestaram a anuência e são consideradas lesadas. Nesta quinta, está sendo feito o pagamento para 391 mil