Foi recebida pela justiça de São Paulo nesta sexta-feira (22) a denúncia do Ministério Público que tornará o preparador físico uruguaio Sebastián Avellino Vargas, réu pelo crime de racismo.
Vargas, preparador técnico do time Universitario, do Peru Vargas fez gestos racistas em direção à torcida do Corinthians em partida realizada no dia 11 deste mês, pela Copa Sul-Americana.
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No entanto, o pedido do promotor Pedro Henrique Pavanelli Lima para que a prisão preventiva fosse mantida foi indeferido e Vargas poderá responder ao processo em liberdade.
Prazo para responder à acusação
No texto, a Justiça afirma que o uruguaio terá 10 dias para responder à acusação por escrito. Para a Justiça não há necessidade de mantê-lo preso, por ter endereço fixo no Peru e que os crimes denunciados não envolveram violência física.
No entanto, segundo o texto, o preparador físico pode ter nova prisão decretada caso não coopere com a Justiça fornecendo informações sobre sua localização e contatos ou não compareça, mesmo que virtualmente, a audiências para as quais seja convocado.
Prisão em flagrante
O uruguaio foi preso em flagrante após imitar um macaco em direção à torcida corintiana presente à Neo Química Arena, no duelo de ida dos playoffs da Copa Sul-Americana.
A partida foi vencida pelo time brasileiro por 1 a 0, que garantiu a classificação às oitavas de final com uma nova vitória, desta vez em Lima, por 2 a 1. O duelo teve confusão entre os dois lados.
Vargas estava preso de forma preventiva desde o dia 12. Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.532, que tipifica a injúria racial como crime de racismo – que já era considerado delito no país pela Lei 7.716, de 1989.
Com a sanção, a penalidade foi aumentada de um a três anos para dois a cinco anos de reclusão.
*Edição: Artur Mamede, com informações da Agência Brasil