A Justiça manteve a prisão do rapper Oruam, filho de Marcinho VP. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (23).
Acusações
Segundo o TJRJ e o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, o cantor foi indiciado pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
As acusações surgiram quando policiais tentavam cumprir um mandado de busca e apreensão de um adolescente, identificado como Menor Piu, que estava na casa de Oruam. O menor é suspeito de atuar como segurança de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, líder do Comando Vermelho (CV) e chefe do tráfico no Complexo da Penha.
Durante a ação, Oruam e outros indivíduos teriam atirado pedras e proferido ofensas contra os policiais, resultando em um agente ferido. O rapper teria se identificado como filho de Marcinho VP, líder do CV, em uma tentativa de intimidação.
“Não sou bandido”, diz Oruam
Oruam sustenta sua inocência em relação às acusações de envolvimento com o crime, declarando publicamente “não ser bandido” e que sua renda provém exclusivamente da música.
Sobre a presença de um foragido em sua casa, o artista alegou que não sabia que o amigo era procurado pela Justiça por organização criminosa, e que essa pessoa teria omitido o mandado de prisão em aberto.
Além disso, a defesa aponta para um viés de perseguição e preconceito, afirmando que “a lei tem cor e só vale para preto” e que Oruam se tornou “pauta política” por ser “filho de traficante”. O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi acusado pela defesa de caluniar Oruam ao chamá-lo de “marginal, criminoso, bandido e delinquente” sem provas.