A segunda vítima do tiroteio ocorrido na manhã de segunda-feira (19) no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (a 397 quilômetros da capital paranaense), morreu na madrugada de hoje. O óbito foi confirmado pelo Hospital Universitário de Londrina para onde o ferido havia sido levado.
Luan Augusto, de 16 anos foi baleado na cabeça por um ex-aluno da escola, de 21 anos, que entrou na unidade de ensino alegando precisar de cópias de documentos. O jovem era namorado de Karoline Verri Alves, 17 anos, primeira vítima dos ataques que morreu no local.
As primeiras informações diziam que o garoto baleado tinha 10 anos, o que foi corrigido na noite de segunda pelas autoridades.
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O atirador está detido em Londrina, a 14 quilômetros de Cambé, e será investigado investigado por homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
À Polícia Civil, o autor do ataque afirmou que “estaria retaliando quele sofrimento” referindo-se a mágoa guardada desde os tempos em que estudava no colégio.
Histórico de ataques
O agressor já possui um histórico de ataques à escola. Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, o autor dos disparos já havia cometido um atentado a faca em outra escola, mas conseguiu fugir quando a Polícia Militar foi acionada. Na época, ele chegou a ser denunciado pelo Ministério Público.
Luto e comoção
O Governo do Paraná, na ocasião dos ataques, decretou luto oficial de três dias pela menina morta. As aulas na rede municipal de Cambé estão suspensas até a definição por parte do governo do Estado. A Prefeitura também decretou luto oficial de três dias.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se solidarizou com as famílias e com a cidade e colocou o governo federal “à disposição para auxiliar o governo do Paraná”.
Por meio do Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou ter recebido a informação dos ataques “com muita tristeza e indignação”. Lula continuou com “mais uma jovem teve a vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade”, disse o presidente na rede social.