O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta quarta-feira (13), Amanda Couto Deloca, Mayara Ketelyn Américo da Silva e Raiane Campos de Oliveira pelos crimes de roubo com violência imprópria, furto qualificado por fraude eletrônica e associação criminosa. O trio é acusado de dopar e roubar dois turistas britânicos na Zona Sul do Rio.

A 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial Centro e Zona Portuária também solicitou a prisão preventiva das denunciadas, alegando histórico de delitos semelhantes e risco de reincidência.
Segundo a denúncia, as vítimas, dois britânicos que estavam de férias no Brasil, conheceram o trio após um evento na Fundição Progresso, na Lapa. A abordagem teria sido feita de forma amistosa, com um convite para seguir até a orla de Ipanema. No caminho, os estrangeiros receberam caipirinhas supostamente adulteradas com substância capaz de provocar sonolência e confusão mental.
A denúncia afirma que, enquanto os turistas estavam sob efeito da substância, as suspeitas acessaram a conta bancária de uma das vítimas e tentaram transferir 16 mil libras, operação barrada por exigência de reconhecimento facial. Mesmo assim, conseguiram movimentar 2,1 mil libras: parte foi usada para compra de criptomoedas e o restante, transferido em múltiplas transações.
Rastro de provas e reconhecimento
Uma testemunha registrou em vídeo o momento em que as mulheres deixavam o local do crime em um táxi, enquanto os turistas apresentavam sinais claros de alteração. O motorista confirmou o percurso, e o reconhecimento formal das acusadas foi feito pelas próprias vítimas.
O MPRJ também pede que cada acusada pague R$ 30 mil de indenização por danos materiais e morais. Segundo o órgão, o histórico de crimes semelhantes e o risco de repetição das práticas justificam o pedido de prisão preventiva.