O Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) calcula que o Brasil e outros países da Bacia Amazônica podem perder 33% de seu PIB (produto interno bruto) combinado até 2070, caso não tomem ações de combate e mitigação frente às mudanças climáticas.
A avaliação da Pnud foi feita em parceria com o governo brasileiro — participou o MGI (Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos) — e será divulgado durante a COP30. A publicação é considerada o estudo mais amplo já realizado sobre o impacto do clima para a região.
O estudo indica que a Bacia Amazônica, uma região tropical com mais de 6,7 milhões de km² percorridos por oito países, é particularmente vulnerável às mudanças climáticas. Segundo a pesquisa, Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela enfrentam amplos riscos ambientais e socioeconômicos.
Os resultados da revisão mostram que as crescentes temperaturas, mudanças em pluviosidade e eventos extremos vão impactar severamente setores como agricultura, pecuária, energia, mineração e turismo, assim como a disponibilidade de água, e a saúde da população.
Até 2070, o custo disso ficaria entre 14% e 33% do PIB combinado de países, podendo chegar a US$ 2,8 trilhões. Do ponto de vista climático, a avaliação indica que a temperatura média da região pode subir entre 1.3°C e 6.5°C.
“As avaliações de custo da inação são ferramentas essenciais de tomada de decisão para priorizar e orientar investimentos em resiliência climática e prevenção. No entanto, a aplicação desse tipo de ferramenta na Amazônia ainda é limitada e inconsistente”, indica o estudo.

