O governo do Rio de Janeiro apresentou, nesta segunda-feira (17), no Palácio Guanabara, os detalhes da primeira etapa da Operação Barricada Zero, que vai atuar na remoção de 13.604 pontos de bloqueio instalados pelo crime organizado em diferentes regiões do estado.
Os obstáculos vão de valas e entulhos a estruturas de concreto e obras de engenharia usadas para isolar comunidades e dificultar o acesso de moradores, serviços públicos e forças de segurança.
Nesta fase inicial, a operação vai contemplar 12 municípios: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Japeri, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Itaboraí, Duque de Caxias, Queimados, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita e Maricá.
A reunião que marcou o início da etapa operacional contou com 9 prefeitos, incluindo o do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e outros 3 municípios enviaram representantes para acompanhar as diretrizes e o modelo de atuação conjunta.
O plano prevê o envio de 50 kits de demolição para auxiliar as prefeituras na retirada das barreiras. Os equipamentos incluem retroescavadeiras, caminhões basculantes, rompedores hidráulicos, motosserras e ferramentas de autodesmantelamento.
Os pontos de bloqueio foram mapeados por meio de geointeligência, com uso de drones, denúncias, registros policiais e sobrevoos. Todo o material retirado será levado para áreas de descarte indicadas pelos próprios municípios.
A operação será coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional, com participação do Instituto de Segurança Pública, Polícias Civil e Militar, Secretaria de Segurança Pública e secretarias estaduais de infraestrutura. Os municípios também terão papel direto, com servidores responsáveis pelo ordenamento urbano e pela retomada dos serviços públicos nos locais liberados.
“Nós não retrocederemos. Essas fazem parte daquelas diversas outras operações que nós fazemos. E repito: onde nós tirarmos a barricada e essa barricada voltar, teremos ações contínuas, sobretudo do Bope, da Core, para que a gente possa impedir essas barricadas de voltarem e para que a gente possa começar um processo de libertação dessas pessoas, dessas organizações narcoterroristas, que é assim que nós, no Rio de Janeiro, continuaremos classificando”, afirmou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

