Passageiros do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, enfrentaram uma manhã de transtornos nesta terça-feira (30), após a suspensão de pousos e decolagens por conta de um vazamento de óleo na pista.
Além da espera por informações, muitos relataram conexões perdidas, compromissos cancelados e a incerteza de quando conseguiriam viajar.
A aposentada Diva Anastácia relatou que chegou a embarcar antes de ser surpreendida pelo aviso.
“Chegamos aqui era 6h da manhã. Já estávamos dentro do avião quando avisaram que na pista tinha derramamento de óleo. Ficamos 1h30 aguardando lá dentro. Até agora não sabemos se vai remarcar ainda para hoje”.
Nesta terça (30), a Câmara dos Deputados, em Brasília, realiza sessão plenária, e parlamentares que precisavam viajar do Rio de Janeiro para a capital federal também se depararam com os voos cancelados.
“Eu iria pegar o primeiro avião a sair daqui, às 6h05 em um voo da TAM. Embarcamos e preparávamos para taxiar quando, às 6h30 o comandante disse que seria às 7h. Depois 8h, 9h, e nisso tudo todos os passageiros dentro do avião. É um transtorno. Acordei às 4h30 para uma reunião às 9h em Brasília, com 70 pessoas. Desembarcamos e informaram que o voo seria às 10h e agora às 14h. Pedimos para ir para o Galeão, mas disseram que só vai sair daqui”, disse o deputado federal Chico Alencar (Psol).
Já o deputado federal Eduardo Carvalho Bandeira de Mello (PSB) contou que só descobriu o fechamento ao chegar ao aeroporto:
“Eu pegaria o voo de 11h15, da Gol, e no táxi vindo para cá soube que estava fechado. Vou tentar embarcar no Galeão porque hoje tem sessão na Câmara dos Deputados”, disse Bandeira de Mello.
O deputado federal Tarcísio Motta (Psol) também não tinha conseguido embarcar até o fim da manhã para Brasília.
Até a última atualização desta reportagem, a previsão era reabrir o terminal somente às 14h.
O aposentado José Welton contou que só soube do cancelamento ao chegar ao terminal para embarcar rumo a São Paulo.
“Nosso voo estava marcado agora. Chegando aqui, não avisaram nada. Eu vim saber que estava cancelado quando cheguei ao aeroporto. Ia para São Paulo, para depois ir pra Minas Gerais. Hoje está inviável de viajar. Vou ter que retornar para casa e aguardar a opção deles”, disse, acompanhado da neta de 5 anos.
O engenheiro Bruno Pulier teve a viagem para Congonhas adiada em mais de quatro horas.
“O embarque era 7h20, já eram 7h30 e ainda estava confirmado. Quando deu umas 7h35, 7h40, apareceu que tinha sido cancelado. Fui realocado para 12h05. Vou ficar trabalhando remoto até lá, não tem muita opção”, afirmou.
Segundo a Infraero, até as 12h, 56 voos haviam sido cancelados. O RIOgaleão informa que recebeu 10 voos alternados.