A Polícia Federal de São Paulo prendeu 17 integrantes de uma quadrilha de roubo de carga que ostentava itens de luxo, como veículos das marcas Ferrari e Lamborghini, lanchas, jet skis e imóveis de alto padrão. Prisões ocorreram durante a “Operação Hammare”, realizada na manhã desta segunda-feira (24).
Além do cumprimento de 16 mandados de prisão, uma pessoa foi presa em flagrante e uma mulher segue foragida.
Os criminosos eram responsáveis por realizar crimes como roubos de cargas e caminhões, desmanche, receptação e lavagem de dinheiro. A organização tem sua principal base no estado de São Paulo, mas atuava em diversos estados do país, e é responsável por cerca de cinquenta roubos identificados.
A operação também determinou o sequestro de bens e valores ligados à organização, com quantias que giram em torno de setenta milhões de reais.
Entenda a “Operação Hammare”
A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de São Paulo (GAECO) deflagraram, na manhã desta segunda-feira (24), a Operação Hammare, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada a roubos de cargas e caminhões, desmanche, receptação e lavagem de dinheiro.Play Video
As investigações revelaram que os líderes da organização criminosa usufruíram de um estilo de vida luxuoso, com aquisição de veículos de luxo como Ferrari e Lamborghini, lanchas, jet skis e imóveis de alto padrão em condomínios de luxo, além de frequentar camarotes vips em shows e eventos.
O grupo criminoso era estruturada em três grupos especializados em: roubo, desmanche e receptação.
A Operação Hammare mobilizou 110 policiais federais e 100 policiais da Polícia Militar Rodoviária de São Paulo para cumprir 17 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul.
A investigação começou em julho de 2023 após um roubo de carga e caminhão ocorrido em Cajamar (SP).
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Judicial Criminal da Comarca de Cajamar (SP). A complexidade da investigação dos grupos de desmanche e receptação levou à decisão de desarticular primeiramente o braço de roubadores da organização, responsável por cerca de cinquenta roubos entre 2021 e 2024.
Durante as Operações Aboiz (2023) e Cacaria (2024), deflagradas para conter a atividade de roubos da organização, foram presos roubadores e receptadores.
O material apreendido nessas operações, juntamente com a análise de dados telemáticos, financeiros e bancários, permitiu a identificação dos investigados dos grupos de desmanche e receptação, incluindo líderes e financiadores, culminando na Operação Hammare.
O nome “Hammare” (martelo, em sueco) faz referência ao principal instrumento utilizado pelos roubadores para acessar as cabines dos veículos, quebrando os vidros enquanto os motoristas descansavam, e à especialidade da organização criminosa em marcas suecas de caminhões.