A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram a “Operação Blasfêmia” nesta quarta-feira (24) para combater um extenso esquema de estelionato religioso. As investigações focam em uma organização que se passava por um pastor para cobrar por promessas de curas e milagres.
O líder alvo de busca e apreensões é Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como “profeta Henrique Santini”, que possui mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, foram confiscados R$ 32.450,00 em espécie, além de 1.800 euros, 750 libras egípcias e 90 dólares. A polícia também apreendeu 52 celulares, seis notebooks e 149 chips pré-pagos utilizados na fraude. Imagens também registraram a apreensão de duas armas.


O que sabemos sobre esquema
O grupo atuava através de uma estrutura de telemarketing religioso em Niterói e São Gonçalo, onde dezenas de atendentes simulavam orientações espirituais. De acordo com a denúncia, ao menos sete adolescentes foram aliciados para trabalhar no esquema, que teria movimentado mais de R$ 3,3 milhões nos últimos dois anos.
Eles solicitavam transferências bancárias, com valores variando entre R$ 20 e R$ 1,5 mil por “orações”. O esquema de extorsão teria movimentado mais de R$ 3,3 milhões nos últimos dois anos.
A Justiça decretou o sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e medida cautelar de monitoramento eletrônico contra o líder religioso. As investigações prosseguem para identificar novas vítimas e possíveis envolvidos na organização criminosa.
A CNN entrou em contato com a defesa de Luiz Henrique dos Santos Ferreira, que afirmou que ainda não teve acesso às denúncias e está tomando as medidas necessárias, prestando os devidos esclarecimentos no processo, respeitando o contraditório e a ampla defesa.