Mais de 40 pessoas foram presas durante o fim de semana, na nova fase da Operação Captura, na Região Metropolitana de São Luís (MA), deflagrada pela SSP-MA (Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão), para conter a escalada de violência que atinge a Grande Ilha. A ofensiva ocorre após uma semana marcada por ataques criminosos, sete mortes e o fechamento temporário de escolas e universidades.
Coordenada pela SSP-MA, a operação mobiliza a Força Estadual de Segurança e unidades especializadas da PMMA (Polícia Militar do Estado do Maranhão), como o BPChoque (Batalhão de Choque), as Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) e o Bope (Batalhão de Operações Especiais).
Em nota, a Polícia Civil informou que também intensificou as investigações, com apoio do Centro de Inteligência, para identificar integrantes de facções criminosas.
De acordo com o governador do Maranhão, Carlos Brandão, as ações se concentraram em bairros como Estiva, Ribeira, Alonso Costa e Pirâmide, além da cidade de São José de Ribamar, onde um suspeito apontado como membro de organização criminosa foi preso. Segundo o gestor estadual, as operações são parte de uma estratégia de enfrentamento direto ao crime organizado.
“Nos últimos dois meses, mais de dois mil criminosos foram retirados de circulação. Só nesta semana, mais de 40 foram presos”, afirmou o governador.
Em resposta, neste domingo (26), o governador Carlos Brandão reuniu sua equipe de governo para definir novas estratégias de segurança pública e anunciou que pretende ampliar o diálogo com o Ministério Público, o Judiciário e a Assembleia Legislativa.
Desde o início da semana passada, sete homens, entre 17 e 43 anos, foram mortos a tiros em diferentes bairros da Região Metropolitana. Os ataques, atribuídos a grupos criminosos rivais, deixaram ainda mais de dez feridos e provocaram tensão entre os moradores.
Na última semana, pelo menos 14 unidades estaduais e sete municipais suspenderam as aulas, assim como instituições de ensino superior, incluindo o IFMA (Instituto Federal do Maranhão) e a UFMA (Universidade Federal do Maranhão).
Em nota, a Seduc (Secretaria de Estado da Educação) afirmou que não houve registros de violência dentro ou nas proximidades das escolas, e que não há recomendação oficial para suspensão das atividades.

