De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos registraram redução média de 2,4% nos preços até novembro, cenário que não era visto desde 2017.
A expectativa do mercado financeiro é de deflação de pouco mais de 1%, com carnes 9,4% mais baratas, bem como aves e ovos, 6,8% mais acessíveis. O INPC, que reflete os custos para famílias com renda de um a cinco salários mínimos, atingiu o menor valor em seis anos, com taxa de 3,1% até novembro.
Os preços das commodities agrícolas, que subiram durante mais de dois anos devido à pandemia e conflitos internacionais, agora desaceleraram, o que reflete no consumidor final e libera espaço nos orçamentos domésticos.
André Braz, coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), destaca que a redução nos custos alimentares foi fundamental para manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo governo.
Braz ressalta que itens como óleo de soja, feijão-carioca, leite longa vida e frango devem encerrar o ano com preços mais baixos. “As famílias não comem mais, elas comem melhor. Além de poder comprar outras coisas que fazem falta no dia a dia”, afirma.
Apesar da melhora em 2023, os alimentos ainda estão mais caros do que antes da pandemia. De janeiro de 2020 até novembro de 2023, a alimentação no domicílio acumula uma alta de 45%, segundo o IPCA.