O governo brasileiro deve assinar ao menos seis atos bilaterais com a Índia durante a visita de Estado do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ao Brasil, prevista para o dia 8 de julho, em Brasília. A agenda marca o fortalecimento da parceria estratégica entre os dois países.

“Até o momento, seis atos internacionais já foram negociados e estão prontos para assinatura. Outros três estão em estágio avançado de negociação”, afirmou a embaixadora Susan Kleebank, secretária de Ásia e Pacífico do Itamaraty, durante o briefing sobre a visita.
Entre os acordos que serão firmados estão:
- Cooperação no combate ao terrorismo internacional e ao crime organizado;
- Proteção de informações classificadas;
- Memorando de entendimento em pesquisa agrícola;
- Cooperação em energia renovável;
- Iniciativas para transformação digital;
- Acordo entre arquivos nacionais para cooperação em documentação histórica.
- O primeiro-ministro indiano chega ao Brasil a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Narendra Modi será recebido no Palácio da Alvorada, onde participará de reunião bilateral, assinatura de atos e fará uma declaração conjunta à imprensa ao lado do presidente brasileiro.
Ao fim do encontro, será divulgado um comunicado conjunto intitulado “Índia e Brasil: duas grandes nações, com grandes objetivos”, título proposto pelo Brasil e aceito pelo governo indiano.
Modi e Lula já se encontraram em três ocasiões recentes: na Cúpula do G7 no Japão (maio de 2023), na Itália (maio de 2024) e na Cúpula do G20, realizada em novembro de 2024 no Rio de Janeiro.
Após a visita oficial, Modi participará da Cúpula dos BRICS, que ocorrerá também no Rio de Janeiro.
Eixos estratégicos
Durante a reunião bilateral entre Lula e Modi, os dois líderes devem ratificar os cinco pilares prioritários que nortearão a cooperação entre Brasil e Índia na próxima década:
- Defesa e segurança;
- Segurança alimentar;
- Transição energética e mudanças climáticas;
- Transformação digital;
- Parcerias industriais.
“A visita de Estado é uma indicação da importância crescente da parceria com a Índia na política externa brasileira. Esperamos ampliar nossa agenda de diálogo com um país que deverá se tornar a quarta maior economia do mundo até meados de 2026”, declarou a embaixadora Susan Kleebank.
Durante o briefing, o Itamaraty reforçou que a Ásia é uma prioridade crescente para a política externa brasileira. Com o Brasil na presidência rotativa do Mercosul, há a expectativa de que a região ganhe ainda mais destaque na agenda internacional do bloco.