A investigação da PF (Polícia Federal) que mira o prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo de Lima Fernandes (Podemos), começou com a apreensão inesperada de R$ 14 milhões em espécie na casa de um servidor do município, no mês passado.
Ele tinha um mandado de prisão em aberto. Quando os agentes foram cumprir o mandado, encontraram a montanha de dinheiro na casa dele em caixas de papelão e malas. Houve a apreensão de todo o material por ele não saber apontar a origem, entre reais e dólares estadunidenses, e daí abriu-se um inquérito.


A investigação avançou e apontou vínculo do servidor com o prefeito da cidade, com base também em notas fiscais e no celular do preso.
A PF detalha “pagamentos difusos” oriundos de contratos da prefeitura, com pagamentos de empresas de diferentes segmentos, como terraplanagem, medicamentos e exportação e importação.
O inquérito da PF de São Paulo identificou vínculo nos núcleos políticos com as empresas, além do prefeito, de dois vereadores e assessores de deputados estaduais.
Nesta quinta-feira (14), na operação Estafeta, a PF cumpriu 20 mandados de busca e apreensão contra os investigados. Mais montanhas de dinheiro em espécie foram apreendidas, além de relógios de luxo avaliados, ao todo, em mais de R$ 1 milhão.


O prefeito foi afastado do cargo e por determinação da Justiça passa a usar tornozeleira eletrônica.
A PF investiga corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Procurado, o prefeito ainda não se manifestou sobre o caso.